Governo federal reconhece estado de calamidade pública no RS

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reconheceu nesta 5ª feira (2.mai.2024) estado de calamidade pública no Rio Grande do Sul. A medida foi assinada pelo secretário nacional de Proteção e Defesa Civil, Wolnei Wolff, e publicada no DOU (Diário Oficial da União). Eis a íntegra (PDF – 51 kB).

O estado de calamidade pública foi decretado na 4ª feira (1º.mai) pelo governo do Rio Grande do Sul por causa dos “eventos climáticos de chuvas intensas” que atingiram o Estado.

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Mais cedo, os ministros-chefes da Secom (Secretaria de Comunicação Social), Paulo Pimenta, e da Casa Civil, Rui Costa, anunciaram a criação de uma sala de situação para acompanhar as fortes chuvas.

O ministro-chefe da Casa Civil afirmou que a prioridade do governo no momento é resgatar as pessoas. De acordo com ele, o “trabalho de reconstrução” só terá início depois que o volume de água baixar.

As salas de situação são comumente criadas para que equipes técnicas tratem de doenças, como a varíola dos macacos e o sarampo, ou de situações de emergência. Segundo Rui Costa, a medida será instalada em caráter emergencial e as equipes dos ministérios terão reuniões diárias, inclusive aos sábados e domingos.

Para instaurar a sala de situação, os ministros se reuniram no Palácio do Planalto. Eis a lista de presentes:

• Aguiar Freire, chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas;
• Edegar Pretto, presidente da Companhia Nacional de Abastecimento;
• Esther Dweck, ministra da Gestão e Inovação;
• Jader Barbalho (MDB-PA), senador;
• Marina Silva, ministra do Meio Ambiente;
• Renan Filho, ministro dos Transportes; e
• Waldez Góes, ministro do Desenvolvimento Regional.

CHUVAS NO RS

As chuvas já deixaram ao menos 29 mortos no Estado. Segundo o governador Eduardo Leite (PSDB), o número "deve aumentar" por haver regiões em que as equipes de resgate não conseguiram acessar.

Durante uma live nesta 5ª feira (2.mai), Leite disse também que há 60 desaparecidos. O temporal afetou 154 municípios gaúchos. Segundo o último balanço da Defesa Civil, divulgado às 18h, o Estado tem:

• 71.306 pessoas afetadas;
• 10.242 desalojadas;
• 4.645 em abrigos; e
• 36 feridas.

As chuvas têm atingido o Rio Grande do Sul desde o domingo (28.abr). Na 4ª feira (1º.mai), Eduardo Leite decretou estado de calamidade pública e disse que esse pode ser o "maior desastre da história" da região em termo de perdas materiais. O governo federal reconheceu o estado de calamidade nesta 5ª feira (2.mai).

Também nesta 5ª feira (2.mai), o governador gaúcho publicou um vídeo em seu perfil no Instagram sobre o vazamento da barragem 14 de julho, que colapsou (assista aqui). Ele disse que o efeito do rompimento não causará uma “enxurrada” sobre os municípios, mas que a água subirá às margens de municípios próximos. Ele orientou a população a procurar pontos mais elevados no curso do rio e deixar suas casas caso esteja em áreas de risco de inundação.

Assista (3min1s):

LULA VISITA RIO GRANDE DO SUL

Lula viajou nesta 5ª feira (2.mai) para o Estado, acompanhado de uma comitiva de ministros, para tratar do cenário. Um sobrevoo no município de Santa Maria (RS) estava previsto, mas as condições climáticas fizeram com que os planos fossem cancelados.

“Não faltará da parte do governo federal ajuda e dinheiro. Tudo o que estiver no alcance do governo federal, seja através dos ministros, da sociedade civil ou dos nossos militares, a gente vai dedicar 24 horas para atender as necessidades básicas do povo que está isolado por conta da chuva”, disse o presidente durante reunião com Leite.

Assista (2min55s):