Fala de Bolsonaro foi sobre minuta de 2023, diz advogado
Um dos advogados de Jair Bolsonaro (PL), Paulo Cunha Bueno, disse na 2ª feira (26.
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Inscreva-seEm discurso no ato de domingo (25.fev), Bolsonaro se defendeu das acusações sobre a suposta tentativa de golpe de Estado. Disse: "Agora, o golpe é porque tem uma minuta de um decreto de estado de defesa. Golpe usando a Constituição? Tenham santa paciência. Golpe usando a Constituição. Deixo claro que estado de sítio começa com o presidente da República convocando os conselhos da República e da Defesa. Isso foi feito? Não. Apesar de não ser golpe o estado de sítio, não foi convocado ninguém dos conselhos da República e da Defesa para se tramar ou para se botar no papel a proposta do decreto do estado de sítio".
Assista à íntegra do discurso (22min49s):
A PF (Polícia Federal) deve incluir a declaração de Bolsonaro no inquérito que investiga a suposta organização de golpe de Estado. Para delegados que apuram o caso, com a fala, o ex-presidente confirmou que tinha conhecimento sobre a existência da "minuta do golpe" encontrada na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres. O documento decretava Estado de Defesa na sede do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) nas eleições de 2022.
Em 8 de fevereiro, Bolsonaro foi alvo da operação da PF Tempus Veritatis e teve de entregar seu passaporte. A ação mirou também outros aliados do ex-presidente, suspeitos de planejarem golpe de Estado para mantê-lo na Presidência.
Na 5ª feira (22.fev), o ex-presidente foi à PF para prestar esclarecimentos, mas se manteve em silêncio. Antes, tentou adiar seu depoimento 3 vezes.
Em discurso na manifestação de domingo (25.fev), Bolsonaro reforçou narrativa de perseguição, mas não mencionou o ministro Alexandre Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).