Relator muda projeto do governo e fixa 20% de mistura de biodiesel em 2030

O deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP) antecipou a jornalistas, nesta segunda-feira (26) à noite, os principais pontos do relatório sobre o projeto de lei conhecido como Combustível do Futuro — uma das apostas do governo para a transição energética e a descarbonização da economia.

Relator muda projeto do governo e fixa 20% de mistura de biodiesel em 2030

Etanol e biometano

Jardim também elevou para 35% o limite máximo de mistura do etanol na gasolina. O Poder Executivo poderá chegar a esse percentual desde que constatada a viabilidade técnica da mistura.

Hoje a lei estabelece 27,5% como limite da adição de etanol à gasolina. Na prática, a mistura atualmente é de 27%. No projeto original, o governo propunha um limite de 30%.

Outra mudança importante foi a introdução de um capítulo sobre biometano no projeto. O biometano, uma fonte sustentável de energia, pode ser obtido em aterros sanitários (a partir do processamento do lixo) ou em granjas (a partir de dejetos de animais).

O texto agora propõe um percentual mínimo obrigatório para o biometano como proporção de todo o gás natural comercializado no país. “Do mesmo jeito que hoje acrescentamos biodiesel ao diesel, vamos fazer a adição do biometano ao gás natural”, explicou o deputado.

Essa proporção começará em 1% do gás natural comercializado em janeiro de 2026 e aumentará, ano a ano, até chegar a 10% em janeiro de 2034.

Jardim manteve, no projeto, a proposta do governo de iniciar uma mistura gradual de combustível sustentável de aviação (SAF) ao querosene usado por companhias aéreas. Essa “escadinha” permaneceu nos termos propostos pelo governo: começará em 1% em 2027, aumentará um ponto percentual ao ano e atingirá 10% em 2037.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Relator muda projeto do governo e fixa 20% de mistura de biodiesel em 2030 no site CNN Brasil.