Policial e advogado apontados como informantes da milícia de Zinho são presos no Rio

Um força-tarefa composta pelo Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ) e pela Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu, na manhã desta terça-feira (7), um advogado e um policial civil apontados como informantes da milícia de Zinho.

Foto: Folha - UOL

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Um força-tarefa composta pelo Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ) e pela Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu, na manhã desta terça-feira (7), um advogado e um policial civil apontados como informantes da milícia de Zinho.

O advogado foi preso em Jacarepaguá, na zona oeste da capital, e o policial civil foi localizado na Tijuca, bairro da zona norte.

A ação foi chamada de Operação Leaks. Além dos dois mandados de prisão, estão sendo cumpridos três mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos denunciados. Todos foram expedidos pela 1ª Vara Criminal Especializada em Organização Criminosa da Capital.

De acordo com a força-tarefa, o policial civil extraía informações sigilosas do banco de dados da Polícia Civil do estado e repassava ao advogado. As informações obtidas eram relacionadas aos milicianos que integram o grupo chefiado por Luiz Antônio da Silva Braga, o Zinho, presos desde dezembro do ano passado. Tais crimes teriam sido praticados entre setembro de 2020 e julho de 2022.

Ainda segundo as investigações, criminosos teriam feito, pelo menos, 19 consultas a nome de milicianos no sistema da polícia do Rio de Janeiro.

Em nota, o MPRJ informou que “o GAECO denunciou o agente público e o advogado à Justiça por concorrerem ativamente para a manutenção da organização paramilitar autodenominada ‘Bonde do Zinho’ e violação de sigilo funcional”.