Leia as 5 principais notícias do mercado deste 6ª feira

Os principais índices de Wall Street apontavam para uma abertura em baixa das Bolsas em Nova York, após notícias de ataques israelenses ao Irã, o que gerou volatilidade nos mercados de petróleo e de criptomoedas.

Foto: Poder360

Foto: Poder360

Os principais índices de Wall Street apontavam para uma abertura em baixa das Bolsas em Nova York, após notícias de ataques israelenses ao Irã, o que gerou volatilidade nos mercados de petróleo e de criptomoedas.

No cenário corporativo, as ações da Netflix caem, depois que a gigante do streaming anunciou que interromperia a divulgação dos números trimestrais de assinantes.

No Brasil, dividendo extraordinário da Petrobras segue em foco, mas expectativa é de que decisão não entre na pauta do Conselho de Administração da estatal desta 6ª feira (19.abr.2024).

2. Bitcoin em foco antes do halving

Nesta 6ª (19), o Bitcoin, principal criptomoeda do mercado, registrava volatilidade, negociando 5% mais alto a US$ 64.753,0 às 7h55 de Brasília, após uma queda para US$ 59.693 no início do dia devido a relatos de mísseis atingindo o Irã.

O ativo digital, que brevemente desceu abaixo do importante suporte de US$ 60.000, ainda está bem abaixo de sua máxima histórica de US$ 73.750 alcançada em março.

Com um aumento de mais de 2% no volume de negociação nas últimas 24 horas e uma capitalização de mercado de US$ 1,23 trilhão, o foco dos investidores se volta agora para o próximo halving, que reduzirá a recompensa por bloco minerado, previsto para ocorrer com a geração do bloco número 840.000 no blockchain do Bitcoin no próximo fim de semana.

O evento está ligado à noção de que a diminuição da oferta aumentará seu preço.

Halvings anteriores ocorreram em 2012, 2016 e 2020, e foram seguidos por altas significativas de preços.

3. Goldman sob pressão para separar as funções de CEO e presidente

Cresce a pressão sobre o Goldman Sachs para que separe as funções de CEO e presidente do conselho, atualmente acumuladas por David Solomon.

O fundo soberano da Noruega, um dos maiores investidores globais com patrimônio de US$ 1,6 trilhão, anunciou que votará favoravelmente a uma proposta para dividir essas posições na próxima reunião anual do banco em 24 de abril.

As renomadas consultorias Institutional Shareholder Services e Glass Lewis já haviam recomendado que os acionistas endossassem essa medida.

O Norges Bank Investment Management, gestor do fundo norueguês e 12º maior acionista do Goldman Sachs, detém 0,84% do banco, correspondendo a um investimento de US$ 1,09 bilhão ao final de 2023.

Apesar do conselho do Goldman discordar dessa iniciativa, Solomon pode se valer dos resultados recentes para justificar sua gestão atual: o banco registrou um aumento de 28% no lucro no 1º trimestre, alcançando US$ 4,13 bilhões, impulsionado pelo crescimento nas áreas de subscrição, operações e negociação de títulos, que elevaram o lucro por ação ao maior nível desde o final de 2021.

4. Petróleo volátil; explosões no Irã aumentam as preocupações com a oferta

Os preços do petróleo mostraram volatilidade após relatos de ataques com mísseis israelenses no Irã.

Na manhã desta 6ª (19), os futuros do petróleo dos EUA operavam em queda de 0,47%, cotados a US$ 82,34 o barril, enquanto o Brent recuava 0,52%, para US$ 86,66 o barril.

Os índices chegaram a registrar alta de aproximadamente 3% no início do dia, após relatos de explosões em Isafahan, Irã, e declarações de uma autoridade dos EUA à ABC News sobre um ataque israelense na região.

Este episódio marca uma escalada no conflito do Oriente Médio, levando os investidores a incorporarem um prêmio de risco aos preços do petróleo. Contudo, os ataques foram considerados limitados e os ganhos iniciais rapidamente revertidos.

Os preços devem encerrar a semana com uma queda de cerca de 3%, refletindo expectativas de que o Federal Reserve mantenha as taxas de juros por mais tempo devido à resiliência econômica dos EUA.

Além disso, dados da China, maior importador mundial de petróleo, indicam que a demanda interna segue frágil, apesar de um crescimento econômico acima do esperado no primeiro trimestre.

5. Dividendo extraordinário da Petrobras em foco novamente

Investidores estarão atentos à repercussão sobre dividendos extraordinários diante da reunião do Conselho de Administração nesta 6ª (19). Apesar dos rumores de que o Conselho de Administração poderia tratar do tema antes de assembleia de acionistas, o entendimento agora é de que o assunto seria avaliado diretamente em assembleia de acionistas.

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, admitiu ontem que há possibilidade de que o governo leve uma proposta de diretamente à assembleia de acionistas, que está marcada para 25 de abril.

Agora, o governo federal, que é acionista majoritário, teria passado a defender a proposta da gestão de distribuir 50% do total. Em março, a decisão foi pela retenção de 100% dos R$43,9 bilhões que poderiam ser pagos na forma de dividendos extraordinários e os valores foram reservados na reserva estatutária para possível distribuição no futuro.

Prates foi um dos defensores da estratégia de pagar a metade do total, mas havia um forte embate com o governo a respeito do tema, o que levou a mais atritos com ministros da Casa Civil, Rui Costa, e de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

As ADRs da Petrobras subiam 0,51%, no pré-mercado, a US$15,65.

O ETF EWZ estava em baixa de 1,06%.


Com informações da Investing Brasil.