Consórcio BRT vai à AL prestar esclarecimentos sobre paralisação de obras

Representantes do Consórcio Construtor BRT Cuiabá vão participar, nesta quinta-feira (27.

Consórcio BRT vai à AL prestar esclarecimentos sobre paralisação de obras

Representantes do Consórcio Construtor BRT Cuiabá vão participar, nesta quinta-feira (27.02), de uma audiência na Assembleia Legislativa de Mato Grosso para prestar esclarecimentos sobre o andamento das obras do modal em Cuiabá e em Várzea Grande. A audiência foi solicitada pelo deputado estadual Lúdio Cabral (PT) e está prevista para começar às 9h na Sala das Comissões, no segundo andar do Parlamento.

O parlamentar pretende esclarecer o andamento da obra e a situação de possível rescisão do contrato entre o consórcio e o Governo do Estado para construção do Ônibus de Trânsito Rápido (BRT, na sigla em inglês). O modal deveria ter sido concluído em 2023, de acordo com o Governo do Estado.

O assunto já foi tema de debates na Assembleia Legislativa e audiências sobre o BRT já foram marcadas e remarcadas mais de uma vez. A deputada estadual Janaína Riva (MDB) informou que a Assembleia Legislativa chegou a discutir com o governo a possibilidade de elaboração de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para que o Consórcio BRT Cuiabá permanecesse executando a obra, mas não seria possível.

"A nossa preocupação aqui é uma briga judicial entre o consórcio e o governo do Estado. Então, o que nós pudermos fazer para que isso ocorra de forma mais pacífica possível, nós vamos fazer. Agora vocês sabem, a decisão é do gestor, é do governador. Aqui o secretário Fábio Garcia nos trouxe os motivos que me parecem também muito palpáveis. A empresa fez o projeto, agora a empresa diz que o recurso não é o suficiente e que precisaria de um reequilíbrio que no modelo de RDCI, se eu não me engano, não é possível de ser realizado. Então, o que a gente precisa fazer é realmente romper o contrato, acho que não tem outro caminho", explicou a deputada.

Para o deputado estadual Wilson Santos (PSD), a discussão deve ser muito mais ampla que a finalização da obra. "Eu torço para que esse imbróglio desapareça o mais rápido possível e o governo conclua o modal do BRT, porque tanto o BRT quanto o VLT são modais superiores ao que nós temos hoje aqui no transporte feito por ônibus. Nós temos poucas novas avenidas, poucos novos corredores para mobilidade em Cuiabá, o problema na minha concepção não é apenas concluir o BRT, também é preciso ter um novo plano de mobilidade para a cidade".

O contrato entre a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra) e o Consórcio Construtor BRT está estimado em R$ 468 milhões. No começo de fevereiro deste ano, o Governo anunciou que iria romper o contrato com o Consórcio em razão do atraso nas obras.

Foto: Marcos Vergueiro/Secom-MT