Alckmin diz que alta do dólar é "momentânea"

O presidente interino, Geraldo Alckmin (PSB), disse nesta 5ª feira (13.

Foto: InfoMoney

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O presidente interino, Geraldo Alckmin (PSB), disse nesta 5ª feira (13.jun.2024) ter confiança de que a alta do dólar é “momentânea”. Na 4ª feira (12.jun), a moeda chegou a máxima de R$ 5,43 depois de 17 meses abaixo de R$ 5,40.

“Nós temos absoluta confiança de que o dólar vai cair. Isso é coisa momentânea. O governo do presidente Lula tem compromisso com o arcabouço fiscal”, disse. A declaração foi dada a jornalistas depois do painel Priority Summit, promovido pelo FII Institute, no Rio.

Em evento com investidores da Arábia Saudita no Rio na 4ª feira (12.jun), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que o ajuste fiscal será feito por aumento de receita e redução dos juros. Não citou o corte de gastos. A incerteza fiscal provocou temor entre os agentes do mercado financeiro, o que levou a alta do dólar e dos juros futuros.

Alckmin também evitou falar nos cortes. “[Temos] melhor eficiência no gasto público, possibilitando fazer mais com menos dinheiro. Então, [vamos] agir pelos 2 lados: pelo lado da receita e pelo lado da despesa”, disse.

MP DA COMPENSAÇÃO

Alckmin citou ainda a MP (medida provisória) 1.227 de 2024, que trata dos limites do uso de créditos tributários do PIS/Cofins (Programa de Integração Social/Contribuição para o Financiamento de Seguridade Social).

“Essa questão da medida provisória foi exatamente para poder, de um lado, cumprir com a responsabilidade fiscal, que é compromisso do governo brasileiro, e de outro lado cumprir uma decisão do ministro Cristiano Zanin do Supremo Tribunal Federal”, afirmou.

O STF (Supremo Tribunal Federal) formou maioria de votos em 4 de junho para confirmar a decisão de Zanin que suspendeu por 60 dias o processo que trata da desoneração de impostos sobre a folha de pagamento de 17 setores da economia e dos municípios de até 156,2 mil habitantes.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), devolveu partes da MP, em derrota para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que declarou não ter um "plano B" para viabilizar o financiamento da desoneração.