Homem tenta esganar a ex e é preso quando gravava ameaças à vítima

WhatsApp Facebook Twitter Da redação | RDNews Um homem de 27 anos foi preso suspeito de tentativa de feminicídio e ameaças contra a ex-companheira, 23, nesta quarta-feira (12), em Cuiabá.

Foto: RDNEWS

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Um homem de 27 anos foi preso suspeito de tentativa de feminicídio e ameaças contra a ex-companheira, 23, nesta quarta-feira (12), em Cuiabá. O crime ocorreu na noite de terça-feira (11), quando o suspeito invadiu a casa da vítima e a agrediu severamente, chegando a tentar esganar a ex-companheira, que conseguiu se esquivar das agressões.

Depois, o suspeito pegou uma faca, atentou contra a vida da vítima e foi interrompido pelo porteiro do condomínio. Após a tentativa de feminicídio, o suspeito fugiu do local, mas continuou a ameaçar a ex-mulher, enviando mensagens e vídeos com promessas de morte.

Ao tomar conhecimento do crime, a equipe da Delegacia da Mulher de Cuiabá iniciou as diligências para realizar a prisão em flagrante do suspeito, que, antes de ser preso, ainda tentou pegar a filha do casal na creche, com o objetivo de afetar emocionalmente a ex-companheira.

Ciente da possível manobra do agressor, os policiais buscaram a criança antes da chegada dele. Os investigadores continuaram as diligências por toda cidade em busca do suspeito, que foi encontrado em um bar, bebendo cerveja, enquanto fazia mais um vídeo de ameaças contra a vítima.

O suspeito foi encaminhado para a Delegacia da Mulher de Cuiabá, onde foi interrogado e autuado em flagrante pelos crimes de tentativa de feminicídio e ameaça.

A delegada titular da Delegacia Especializada de Defesa da Mulher de Cuiabá (DEDM), Judá Marcondes, orienta as mulheres a denunciarem casos de violência, uma vez que, em nenhum dos 17 feminicídios que ocorreram em Mato Grosso neste ano, as vítimas solicitaram medidas protetivas.

"Neste caso, o agressor já havia agredido a vítima em outros momentos e intensificou suas ações atentando contra a vida da ex-companheira. Buscar a seus direitos não é revanchismo e sim um ato de proteção. As mulheres precisam mudar o comportamento de silenciamento e acatamento que aprenderam desde a infância, pois estes ensinamentos propiciam a violência doméstica e podem culminar no feminicídio", disse a delegada.