Tempo vai jogar a favor do BC, diz Galípolo

Ao tratar da piora nas projeções dos agentes financeiros para a inflação, o diretor de Política Monetária do BC (Banco Central), Gabriel Galípolo, disse nesta 5ª feira (6.

Foto: Valor Econômico

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Ao tratar da piora nas projeções dos agentes financeiros para a inflação, o diretor de Política Monetária do BC (Banco Central), Gabriel Galípolo, disse nesta 5ª feira (6.jun.2024) que o tempo vai "jogar a favor" da autoridade monetária e que o Copom (Comitê de Política Monetária) coloca a taxa Selic em patamar restritivo para a inflação convergir para a meta.

O diretor diz manter a serenidade e parcimônia, porque existe um desafio e o BC sabe o que "precisa ser feito".

Ele participou da cerimônia de abertura da Final 2024 da Olimpíada Brasileira de Economia, em São Paulo.

"Não há razão para se estressar", disse. Galípolo reconheceu, porém, que houve piora nas expectativas de inflação, que não há "bala de prata" para uma solução e que os diretores do BC serão "testados" com recorrência para avaliar a credibilidade da autoridade monetária. Disse que não é papel do Banco Central explicar os motivos para a desancoragem, mas que o BC tem que reagir.

"Não cabe ao BC explicar as razões. A nossa função é reagir, ainda que não se consiga estabelecer de maneira clara e objetiva os motivos", declarou o diretor.

Galípolo avaliou que há uma reprecificação –mudança de patamar de preços– em relação à postergação de cortes dos juros nos Estados Unidos, o que fortalece o dólar. Afirmou que o câmbio é flutuante e que o Banco Central vai atuar, de maneira técnica, em momentos de disfunção do mercado cambial.

Ele repetiu que o Brasil não tem meta de câmbio, mas tem uma meta de inflação.