Governo Lula anuncia antecipação de Bolsa Família, auxílio gás e restituição do IR para moradores do RS, além de crédito com juro reduzido

Nesta quinta-feira (09), o Governo Lula anunciou mais medidas de socorro ao Rio Grande do Sul (RS).

Foto: G1 - Globo

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Nesta quinta-feira (09), o Governo Lula anunciou mais medidas de socorro ao Rio Grande do Sul (RS). Entre elas, estão a antecipação de pagamentos do Bolsa Família, do Auxílio Gás, e da restituição do Imposto de Renda (IR) para moradores do estado, que foi devastado por fortes chuvas e enchentes históricas.

As medidas foram anunciadas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em cerimônia com presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT); do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso; do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e de outros ministros do governo.

Segundo Haddad, as medidas devem injetar R$ 50 bilhões no estado. A lista de ações também inclui a facilitação ao crédito para famílias, empresas e pequenos agricultores do Rio Grande do Sul.

De acordo com previsão da equipe econômica, elas devem ter impacto de R$ 7,69 bilhões nos cofres do governo federal.

O pacote foi enviado ao Congresso Nacional na forma de uma medida provisória. Com isso, as ações já entram em vigor imediatamente, mas precisam do aval de Câmara e Senado em até 120 dias para não perderem validade.

As ações anunciadas hoje foram divididas em grupos:

  • Ações para trabalhadores assalariados:
    • Antecipação do calendário de abono salarial para 705 mil trabalhadores com carteira assinada;
    • Liberação de duas parcelas adicionais do seguro-desemprego para quem já recebia antes da decretação de calamidade;
    • Priorização da restituição do imposto de renda para moradores do RS. Segundo o governo, até junho, todos os lotes serão devolvidos para o estado.
  • Ações para beneficiários de programas sociais:
    • Antecipação dos pagamentos do Bolsa Família e do auxílio gás referentes ao mês de maio.
  • Medidas para o estado e municípios:
    • Aporte de R$ 200 milhões para que bancos públicos possam financiar projetos de reconstrução de infraestrutura e reequilíbrio econômico;
    • Realização de operações de crédito com aval da União.
  • Medidas para empresas:
    • Aporte de R$ 4,5 bilhões em recursos do Fundo Garantidor de Operações, para permitir a liberação de R$ 30 bilhões em crédito a micro e pequenas empresas, por meio do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe);
    • R$ 1 bilhão para conceder descontos em juros de empréstimos feitos via Pronampe;
    • Aporte de R$ 500 milhões no Fundo Garantidor de Investimentos (FGI) para conceder crédito de até R$ 5 bilhões a empresas, por meio do Programa Emergencial de Acesso ao Crédito;
    • Prorrogação, por no mínimo três meses, do prazo de recolhimento de impostos federais e do Simples Nacional;
    • Dispensa da apresentação da certidão negativa de débitos da empresa para concessão de empréstimos em bancos públicos.
  • Medidas para produtores rurais:
    • R$ 1 bilhão para conceder descontos em juros de empréstimos feitos via Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) e Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).