CPI das Apostas Esportivas ouve representantes da CBF nesta 2ª

A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas se reunirá às 15h desta 2ª feira (29.

Foto: Senado Federal

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A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas se reunirá às 15h desta 2ª feira (29.abr.2023) para ouvir representantes da CBF (Confederação Brasileira de Futebol). Um dos convidados é o diretor de Governança e Conformidade da instituição, Hélio Santos Menezes Júnior. O vice-presidente da CPI, senador Eduardo Girão (Novo-CE), é o autor do requerimento de convite ao diretor. Eis a íntegra do documento (PDF – 599 kB).

Para Girão, é certo que a manipulação de resultados existe há muito tempo. O senador argumenta que esse tipo de situação "deve ser combatida com veemência pela CBF, entidade maior que tem a responsabilidade de gerir as competições esportivas dessa modalidade".

Conforme o senador, não há dúvidas de que o diretor de Governança e Conformidade da confederação "tem importância fundamental nesse momento de buscar a lisura no nosso futebol". Girão diz considerar que o depoimento do dirigente permitirá a elucidação de diversos aspectos relacionados ao objeto de investigação da CPI.

Girão também é o autor do requerimento que convida o diretor de Competições da CBF, Júlio Avellar, para falar à CPI. Leia a íntegra do texto (PDF – 116 kB).

Conforme o requerimento, em 2022, houve o registro de 139 partidas de futebol sob suspeita de manipulação. No ano passado, foram 109 partidas. As suspeitas atingem todas as séries do campeonato brasileiro (A, B, C e D).

Girão argumenta que, como o convidado é responsável pela diretoria que tem como objetivo o planejamento, a operação e a organização de todas as competições administradas pela entidade, ele tem muito a contribuir com o trabalho da comissão.

A CPI também deve ouvir o oficial de Integridade da CBF, Eduardo Gussem. O relator da comissão, senador Romário (PL-RJ), é o autor do requerimento para que Gussem seja ouvido como testemunha. Leia a íntegra do texto (PDF – 310 kB).

Segundo Romário, a CBF tem contrato firmado com a empresa de monitoramento SportRadar AG, e recebe regularmente relatórios sobre partidas suspeitas. O senador argumenta que Gussem é a pessoa indicada para prestar informações sobre o tratamento dado aos relatórios recebidos pela CBF, bem como sobre os funcionários envolvidos na análise desses dados e quais os tipos de alerta sobre possíveis manipulações nas partidas de futebol.


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A CPI

A CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas foi criada por solicitação de Romário. Presidida pelo senador Jorge Kajuru (PSB-GO), é composta por 11 senadores titulares e 7 suplentes, com previsão de durar 180 dias.

O objetivo da comissão parlamentar de inquérito é investigar fatos relacionados às denúncias e suspeitas de manipulação de resultados no futebol brasileiro, envolvendo jogadores, dirigentes e empresas de apostas.


Com informações da Agência Senado.