Brasil aumenta cobertura de 13 das 16 vacinas do calendário infantil em 2023

O Brasil registrou alta na aplicação de 13 das 16 vacinas principais do calendário infantil do Programa Nacional de Imunizações (PNI), em 2023, de acordo com dados do Ministério da Saúde.

Foto: CNN Brasil

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O Brasil registrou alta na aplicação de 13 das 16 vacinas principais do calendário infantil do Programa Nacional de Imunizações (PNI), em 2023, de acordo com dados do Ministério da Saúde. A pasta ressalta que o resultado confirma a reversão dos índices vacinais, em queda no país desde 2016.

As vacinas em destaque são contra a poliomielite (VIP e VOP), pentavalente, rotavírus, hepatite A, febre amarela, meningocócica C (1ª dose e reforço), pneumocócica 10 (1ª dose e reforço), tríplice viral (1ª e 2ª doses) e reforço da tríplice bacteriana (DTP).

Pelos números, em comparação com 2022, nos 13 imunizantes que apresentaram recuperação, a média foi de 7,1 pontos percentuais. De acordo com o ministério, em todo o território nacional, a vacina que mais teve aplicação foi a de reforço da tríplice bacteriana, que bateu 76,6%, um aumento de 9,23 pontos percentuais se comparado ao ano anterior, quando registrou 67,4% de crianças imunizadas.

"Os números consolidados reafirmam que estamos no caminho certo, de retomada das coberturas vacinais de nossas crianças, após quedas consecutivas nos últimos anos, e de reconstrução de uma das principais políticas de saúde pública do país", disse a ministra da Saúde, Nísia Trindade, ao exaltar o sucesso das ações do ministério.

Um levantamento feito pela Unicef, com informações do Ministério da Saúde, mostra um aumento em específico na vacinação contra a poliomielite. De acordo com os dados, em 2023, nasceram 2,42 milhões de crianças no país e foram aplicadas 2,27 milhões de primeiras doses da Pólio Injetável.

Apesar da defasagem de 152,7 mil crianças sem vacina, o número é menor que no ano anterior, quando nasceram 2,56 milhões de crianças e 2,32 milhões de primeiras doses da Pólio (VIP) foram aplicadas, tendo 243 mil crianças que não receberam a primeira dose da vacina contra a doença.

"Nesta Semana Mundial de Imunização, destacamos a urgência de um compromisso de País, levando a imunização para escolas, CRAS e outros locais e equipamentos públicos", ressalta Youssouf Abdel-Jelil, representante da Unicef no Brasil, ao falar da necessidade de continuar no esforço para aumentar os índices de vacinação.

Movimento pela vacinação

Em 2023, o Ministério da Saúde lançou o "Movimento Nacional pela Vacinação", voltado à promoção da vacinação pelo país. Segundo números da pasta, foram mais de R$ 6,5 bilhões investidos na compra de imunizantes e, para 2024, a previsão é de que o investimento seja de R$ 10,9 bilhões.

O movimento pela vacinação também contou com ações regionais, com os municípios recebendo cerca de R$150 milhões do ministério e elaborando estratégias vacinais baseadas na sua população, estrutura de saúde, realidade socioeconômica e geográfica

Desde o ano passado, o Ministério unificou os registros vacinais na Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS), atrelando as doses aplicadas a um Cadastro de Pessoa Física (CPF) ou Cartão Nacional de Saúde (CNS). A ideia é que a migração torne viável a caderneta de vacinação digital, onde cada cidadão poderá consultar sua situação vacinal através do Meu SUS Digital – algo que já acontece com as vacinas da Covid-19, por exemplo.

*Sob supervisão de André Rigue