Profissionais da educação decidem nesta semana se mantêm greve

Os professores e técnicos administrativos que atuam em instituições federais de ensino decidem nesta semana se retornam ou não às atividades.

Foto: Poder360

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Os professores e técnicos administrativos que atuam em instituições federais de ensino decidem nesta semana se retornam ou não às atividades. Na 6ª feira (19.abr.2024), as categorias receberam uma nova proposta do governo para encerrar a greve, que deve ser votada em assembleias que ocorrerão desta 2ª feira (22.abr) até a 4ª feira (25.abr).

Até que haja uma decisão, a paralisação iniciada em 15 de abril se mantém.

A proposta do governo foi a mesma para as duas categorias:

  • 9% de reajuste salarial em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026;
  • reajuste do auxílio-alimentação, de R$ 658 para R$ 1.000;
  • reajuste do auxílio-saúde per capita, de R$ 144,38 para cerca de R$ 215;
  • reajuste do auxílio-creche, de R$ 321 para R$ 484,90;
  • mudanças na progressão de carreira.

O aumento do salário está muito aquém dos 37% de reajuste em 3 anos que pedem os técnicos administrativos e dos 22% solicitados pelos docentes. Em ambos os casos, a solicitação é que o aumento ocorra já em 2024, o que também não está contemplado na proposta.

Em comunicado, a Fasubra Sindical (Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil) disse que os profissionais ficaram indignados por não receberem aumento de salário em 2024. Afirmou que se reunirá com suas bases para discutir o tema, "mas a palavra de ordem é que a greve continua". A categoria está paralisada há 40 dias.

O sindicato de professores, por sua vez, avaliou a negociação como positiva, apesar da insatisfação por não ter aumento neste ano. "É ainda uma movimentação tímida, mas revela o quanto a greve é meio eficaz na conquista de avanços e vitórias em defesa do serviço público. A crescente de mobilização aponta certamente que há mais que podemos conquistar", disse Gustavo Seferian, presidente do Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior), em nota.