Governistas minimizam ato de Bolsonaro e dizem que evento "flopou"

Governistas minimizam o ato convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) realizado em Copacabana, no Rio, neste domingo (21.

Foto: Poder360

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Governistas minimizam o ato convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) realizado em Copacabana, no Rio, neste domingo (21.abr.2024). Apesar de comentários, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não se manifestou até a noite de domingo, assim como seus ministros de Estado.

Coube à presidente do PT (Partido dos Trabalhadores), a deputada federal Gleisi Hoffmann, tecer as críticas mais contundentes contra o ato que, segundo um levantamento do Poder360, teve entre 40.000 e 45.000 pessoas.

A deputada disse que o evento "escancara" o alinhamento dos apoiadores de Bolsonaro e o empresário Elon Musk. O dono do X tem protagonizado uma série de embates com o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes.

"Covarde como sempre, o inelegível segue terceirizando os ataques, cada vez mais insolentes, para o tal [Silas] Malafaia. A liberdade de expressão que eles querem é seguir mentindo e solapando as instituições democráticas", disse no seu perfil no X.

O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) também chamou Bolsonaro de covarde e afirmou que ele "não teve coragem de falar do Alexandre de Moraes". Disse ainda que os ataques foram feitos pelo pastor Silas Malafaia, que custeou o evento no Rio e o de São Paulo em 25 de fevereiro.

Farias disse que o discurso do evangélico era uma provocação aos militares, uma vez que ele pediu a renúncia dos 3 comandantes das Forças Armadas e criticou a prisão do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid.

"Esse ato mostra que eles vão tentar continuar criando um clima para intimidar o Supremo e impedir uma investigação livre. Esse é motivo para uma prisão preventiva, é uma decisão do Supremo, mas eu acho que se não deterem Bolsonaro, eles vão continuar o tempo inteiro nessa narrativa e nesse ataque à democracia".

Já o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), minimizou a adesão de manifestantes ao ato de domingo. Ele disse que o ato teria sido "muito menor do que o esperado" e que isso mostra que "o povo brasileiro tem compromisso com a democracia".

"Seu discurso 'liberdade' e 'democracia' não engana: o povo reconhece as ameaças que ele representa contra esses valores fundamentais", disse em publicação no X.

O vice-líder, o deputado Rogério Correia (PT-MG), disse que o ato "flopou" e que a prisão de Bolsonaro "fica cada vez mais perto". Ele também provocou o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), que disse que o Brasil precisa de homens com "testosterona como Bolsonaro".

"Em breve mais testosterona na Papuda, né Nicholas? (sic) E na colmeia mais estrogênio, né Michelle?", disse o congressista no seu perfil no X.

Já a deputada federal Jandira Feghali (Psol-RJ) ironizou um trecho do discurso de Bolsonaro, que disse que "vocês podem ter um presidente mais competente do que eu", em seu discurso.

"Bolsonaro tem razão: temos um presidente MUITO MAIS COMPETENTE do que ele", declarou na publicação na rede social.

Ao mesmo tempo, o presidente Lula e a primeira-dama, Janja Lula da Silva, não se manifestaram publicamente sobre o ato na capital fluminense. No lugar, ela publicou um vídeo em que ela e o marido passeiam pelo Alvorada.