Professores da UFMT seguem em "estado de greve"; governo negocia nesta 6ª

Professores da UFMT seguem em 'estado de greve'; governo negocia nesta 6ª (Foto: UFMT) Os professores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) seguem em estado de greve pelo menos até esta sexta-feira (17.

Professores da UFMT seguem em
Professores da UFMT seguem em 'estado de greve'; governo negocia nesta 6ª (Foto: UFMT)

Os professores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) seguem em estado de greve pelo menos até esta sexta-feira (17.04), quando o Governo Federal espera chegar a um acordo com servidores de instituições federais de educação, ciência e tecnologia de todo o Brasil. Uma reunião está marcada para a data para discutir demandas como reestruturação de carreira e recomposição salarial e orçamentária.

O estado de greve, aprovado pelos professores da UFMT, não significa que as atividades já foram paralisadas, mas uma situação que é aprovada pelos trabalhadores, alertando aos governantes que a qualquer momento poderão deflagrar uma greve. Assim como na UFMT, docentes de outras sete universidades do país deflagraram estado de greve nas últimas semanas. Em todo o país, a greve já atinge mais de 50 universidades e quase 80 institutos federais, incluindo o Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT).

Conforme o Andes (Sindicato Nacional dos Docentes do Ensino Superior), além da recomposição salarial, existe a necessidade de investimentos públicos nas instituições federais de educação, diante da corrosão desses investimentos no governo passado, sob Jair Bolsonaro (PL). O Ministério da Educação (MEC) da gestão Lula (PT) diz que busca alternativas de valorização dos servidores da educação. No ano passado, o governo federal promoveu reajuste de 9% para todos os servidores.

Audiência na Câmara

Nesta terça-feira (16.04), em audiência da Comissão de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados, o secretário-executivo-adjunto do MEC, Gregório Durlo Grisa, garantiu que a carreira dos cargos técnico-administrativos em educação será reestruturada ainda neste governo "De preferência neste ano, de preferência com acordo assinado o quanto antes, para que o Parlamento receba o projeto e consiga, na agilidade que for possível, encaminhar alteração da lei das carreiras técnico-administrativas", afirmou o secretário.

Segundo Grisa, a ideia do governo é sentar com os servidores grevistas e detalhar cada item, simulando as possibilidades e as impossibilidades. "Esta pauta é consenso no governo: a prioridade da reestruturação. Quanto mais rápido ocorrer, mais a gente avança no respeito ao servidor público."

O secretário de Gestão de Pessoas do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, José Celso Cardoso Jr., acredita que a proposta a ser apresentada pelo governo poderá colocar fim à greve.

Ele observou, por outro lado, que o assunto é complexo e não se esgota no curto prazo, até porque a base do governo no Congresso tem tido dificuldades para alavancar grandes mudanças. "A reconstrução tem que ir pelos caminhos de menor resistência legislativa. E é incremental, porque você não consegue recompor perdas, capacidade administrativa, do dia para a noite. Esse é um processo que vai percorrer todo o terceiro mandato do presidente Lula".