Não há nenhuma hipótese de eu desistir, diz Nísia no Senado

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, disse nesta 3ª feira (16.

Foto: Edilson Rodrigues - Senado Federal do Brasil

Foto: Edilson Rodrigues - Senado Federal do Brasil

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, disse nesta 3ª feira (16.abr.2024) na Comissão de Assuntos Sociais do Senado que não há “nenhuma hipótese” de ela deixar o cargo por vontade própria.

“Eu digo que eu me sinto honrada por ocupar esse ministério. Não há nenhuma hipótese de eu desistir desse trabalho. Quem é responsável pela minha nomeação é o presidente Lula que me convidou”, afirmou a ministra.

“Sempre que eu estiver nessa posição, estarei trabalhando pela posição maior do ministério que é a defesa do SUS, é a defesa dos cidadãos brasileiros, das suas saúdes, das suas famílias, com qualidade de vida”, falou.

A chefe da Saúde enfrenta pressões do Centrão e de alas do próprio PT, por descontentamento no repasse de emendas ao Congresso. O Ministério da Saúde é o que tem o maior orçamento da Esplanada dos Ministérios.

Na comissão, a ministra foi questionada entre outros assuntos sobre dados em relação à dengue, ações do governo, vacinação, saúde indígena e aborto. Desde o início da sessão, Nísia foi elogiada por governistas e até independentes. A oposição, no entanto, marcou posição e fez críticas ao trabalho da área da saúde do governo Lula.

Apesar da pressão sobre Nísia, o maior embate na comissão foi com o senador Eduardo Girão (Novo-CE). O senador questionou a ministra sobre quais estudos embasaram a decisão do Ministério da Saúde pela obrigatoriedade da aplicação da vacina contra a covid-19 em crianças de 6 meses a 5 anos.

Nísia respondeu os congressistas afirmando que a aprovação de vacinas no Brasil é feita pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), não pelo Ministério da Saúde. E completou informando que o questionamento não tinha respaldo das principais autoridades científicas do mundo.

“É um desserviço à saúde pública, a quem quer proteger a vida, senador Girão, fazer debates parciais que não tem nenhum respaldo das principais sociedades científicas do Brasil, do mundo e da OMS que colocam em dúvida a vacinação, geram pânico na população e sobretudo geram hospitalizações e mortes”, afirmou.