Bolsonaro diz que Lula influenciou TSE para o tornar inelegível

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta 4ª feira (21.

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"Qual foi meu crime? Me reunir com embaixadores? O próprio Lula disse, 'o Bolsonaro não voltará mais à Presidência. Dependerá das nossas narrativas, se elas foram bem feitas, ele não será mais presidente da República. Quer coisa mais clara do que isso? Que é uma perseguição por parte do governo contra a minha pessoa?"

"Nada anormal foi tratado ali. Foi a discussão do sistema eleitoral brasileiro", disse Bolsonaro. O encontro em 18 de julho de 2022 foi realizado depois que o então presidente do TSE, o ministro Edson Fachin, teve um encontro com diplomatas sobre as eleições em curso naquele ano.

Fachin foi convidado à reunião, mas não compareceu. O encontro foi considerado um abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação por 5 dos 7 ministros da Corte eleitoral. Ele está inelegível por 8 anos.

Em outubro de 2023 recebeu uma 2ª condenação de inelegibilidade por ter feito manifestações políticas durante as comemorações do 7 de setembro, o bicentenário da Proclamação da República.

O ex-presidente afirmou que no 7 de setembro de 2022, tinha o direito de chamar quem quisesse para participar do ato e convidou, inclusive, representantes do Judiciário.

Perguntado sobre a possibilidade de reverter a inelegibilidade, Bolsonaro disse que "tudo é possível", mas disse ter sido alvo de "injustiça" e "perseguição".

"É uma injustiça, é uma perseguição. Acho que ninguém tem dúvidas disso", disse.

"Não justifica isso daí. É uma política, tem um próprio ex-ministro Mangabeira Unger, falando isso aí. Que essa política de afastar, com a força de quem está no governo, os opositores para não disputar eleição, é coisa de republiqueta", afirmou o ex-presidente.