Cinco dos sete denunciados pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso por integrarem grupo de extermínio, que ficou conhecido em Várzea Grande como "mercenários", para a prática de homicídios, foram condenados a penas que totalizam 132 anos de prisão. O julgamento pelo Tribunal do Júri começou na segunda feira às 9h e terminou na terça às 22h, no Fórum da capital.
O caso julgado é referente ao assassinato praticado contra Eduardo Rodrigo Beckert, em abril de 2016. Na ocasião, por volta das 11h40, a vítima foi atingida em via pública, no município de Várzea Grande, por disparos de armas de fogo efetuados pelos integrantes da organização. Eduardo morreu no local. Segundo o MPMT, além dos executores, outras três pessoas agiram ativamente com a finalidade de conseguir o objetivo do grupo criminoso.
Submetidos ao júri popular, foram condenados por homicídio qualificado e organização criminosa José Edmilson Pires dos Santos, Helbert de França Silva e Claudiomar Garcia de Carvalho, cada um a 27 anos e meio de prisão. Já os réus Marcos Augusto Ferreira Queiroz e Edervaldo Freire foram condenados a 25 anos de prisão. Os réus Fernando Marques Boabaid e Roni José Batista foram absolvidos.
Conforme o MPMT, a organização criminosa agia como grupo de extermínio e atuava mediante o pagamento de recompensa, com o objetivo de matar pessoas com passagens policiais.
Ainda de acordo com o Ministério Público, aproximadamente 20 assassinatos cometidos pelo grupo de extermínio serão julgados até junho deste ano no Programa Mais Júri, realizado por meio da celebração de Termo de Cooperação entre o Tribunal de Justiça, Ministério Público e outras instituições.
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