Greve de servidores do Ibama está perto dos 150 dias

O movimento grevista em curso no Ibama, que já dura quase 150 dias, está impactando análises sobre pedido da Petrobras para perfurar na Bacia da Foz do Rio Amazonas, em águas ultraprofundas do Amapá.

Greve de servidores do Ibama está perto dos 150 dias

O movimento grevista em curso no Ibama, que já dura quase 150 dias, está impactando análises sobre pedido da Petrobras para perfurar na Bacia da Foz do Rio Amazonas, em águas ultraprofundas do Amapá. Servidores do órgão ambiental, que participaram de um encontro de energia na capital, confirmaram a informação à Jovem Pan. Os servidores do Ibama estão em estado de greve desde o início do ano, o que tem afetado a análise de diversos pedidos de licenciamento ambiental, incluindo o da Foz do Amazonas. A Petrobras teve um pedido negado para uma campanha exploratória no local no ano passado e reiterou o pedido de licenciamento ambiental este ano. De acordo com os servidores do Ibama, se não fosse a paralisação, a análise já estaria pronta, resultando em deferimento ou mais uma negativa à estatal brasileira de petróleo e gás.

A exploração da margem equatorial e dessa fronteira petrolífera tornou-se uma campanha nacional, encabeçada pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ministros de Estado e pela nova presidente da Petrobras, Magda Chambriard. Há uma preocupação com as reservas de óleo e gás no Brasil, já que o pré-sal representa 80% da produção atual, mas um declínio deve começar a partir de 2030. Se nenhuma nova reserva for reposta, a partir de 2035 pode haver uma retomada na importação de petróleo para atender o mercado nacional. A greve dos servidores do Ibama já está afetando a produção nacional de óleo, com uma redução de pelo menos 80 mil barris por dia, segundo o presidente do IBP, Roberto Ardenghy. Os servidores reivindicam reajuste salarial, reavaliação do plano de cargos e salários e reposição dos quadros, já que a área de licenciamento ambiental do Ibama conta com apenas 60 servidores, em comparação com quase 100 em 2014.

Publicado por Luisa Cardoso