Lula deve bater martelo sobre concessões de energia nesta 3ª

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve bater o martelo nesta 3ª feira (18.

Foto: Notícias Concursos

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve bater o martelo nesta 3ª feira (18.jun.2024) sobre o decreto que trata das regras para renovação das concessões de energia elétrica. A minuta do texto foi enviada pelo Ministério de Minas e Energia no dia 23 de maio para a Casa Civil.

Lula se reunirá às 17h no Palácio do Planalto com os ministros Alexandre Silveira (Minas e Energia) e Rui Costa (Casa Civil). Será apresentado a ele o texto final do decreto. Se o petista der o aval, a versão final deve ser publicada ainda nesta semana no DOU (Diário Oficial da União).

Na manhã desta 3ª feira, Silveira foi chamado para uma reunião de última hora na Casa Civil. Segundo apurou o Poder360, o objetivo é fazer os ajustes finais no texto para levar a Lula.

O decreto tratará das regras gerais para renovação dos contratos de distribuição. A prorrogação será avaliada individualmente pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) conforme as diretrizes a serem fixadas pelo governo.

De 2025 a 2031, chegam ao fim o contrato de 20 distribuidoras. Ao terem a concessão renovada, as empresas ficarão obrigadas a comprovar anualmente sua saúde financeira a partir de um índice que considera a relação lucro e dívida.

Também deverão atender a índices de qualidade dos serviços mais rigorosos e que serão estabelecidos no contrato, como a frequência e duração de interrupções no fornecimento de energia.

Se esses itens não forem cumpridos, serão aplicadas punições às distribuidoras. Uma delas será limitar a distribuição de dividendos aos acionistas dessas empresas ao mínimo possível, que normalmente é de 25% sobre o lucro líquido.

O QUE ESTÁ EM JOGO

A partir de 2025, uma série de concessões de distribuição de energia chega ao final, a começar pelas empresas EDP Espírito Santo, Light e Enel Rio. Serão 20 distribuidoras afetadas até 2031, que atendem a mais de 55 milhões de consumidores (64% do mercado regulado nacional) e somam uma receita bruta anual superior a R$ 3 bilhões.

Essas companhias foram privatizadas na década de 1990, no governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e obtiveram contratos por 30 anos. O governo optou por não realizar a renovação automática dos contratos e analisar caso a caso, mas para isso é preciso a fixação das regras gerais.

A expectativa do governo é que as renovações das concessões viabilizem investimentos de R$ 150 bilhões nos próximos 4 anos.