"O 8 de janeiro foi ponto fora da curva", diz ministro do GSI

Para o ministro-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), general Marcos Antônio Amaro, o episódio de vandalismo do 8 de janeiro foi um "ponto completamente fora da curva na normalidade democrática".

Foto: CNN Brasil

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Para o ministro-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), general Marcos Antônio Amaro, o episódio de vandalismo do 8 de janeiro foi um "ponto completamente fora da curva na normalidade democrática".

Em participação no CNN Entrevistas, o general avaliou que não é razoável desconfiar das Forças Armadas, que, na visão do militar, "sempre tiveram excelente reputação".
"As Forças Armadas sempre tiveram excelente reputação, excelente imagem diante da população brasileira, seja de direita, seja de esquerda. Se existe algo que não combina com isso, rapidamente vai desaparecer", disse o ministro.

Em maio, general Amaro completou um ano à frente do ministério. Ele assumiu a pasta após a saída do general Gonçalves Dias do GSI. O então ministro se demitiu depois da revelação pela CNN de vídeos mostrando sua atuação no dia 8 de janeiro.

O ministro considerou que tem trabalhado pelo entendimento e para "apaziguar situações" é que será uma atuação serena, calma, responsável e eficiente dos militares que fará "desaparecer qualquer desconfiança".

Na entrevista, o general disse ainda ser favorável ao serviço militar obrigatório no Brasil. Ele ressaltou que o Reino Unido, por exemplo, decidiu retomar a obrigatoriedade por necessidade.

"Há países que hoje estão pensando em retomar o serviço militar obrigatório. Caso do Reino Unido, da Inglaterra. Virou notícia do primeiro-ministro retomar o serviço militar por conta de necessidade. Ele é muito mais barato para o país, que dá uma grande reserva. Todo soldado que sai continua sendo reservista por cinco anos", afirmou.

O ministro afirmou ainda que não há nada que impeça que uma mulher seja nomeada como titular do Ministério da Defesa. Até hoje, nenhuma mulher assumiu o cargo. A pasta pretende viabilizar, a partir de 2025, o alistamento militar opcional para mulheres.

"Tem de ser alguém com carreira amadurecida e que não seja um trampolim para outras intenções políticas. Seja homem ou mulher, que tenha essa visão. Que tenha uma visão de Estado", disse.