Ataques e Mortes Marcam Eleições no México

Uma pessoa morta do lado de fora de uma cabana e outra ferida foi o resultado dos supostos ataques de homens encapuzados no município de Coyomeapan, Puebla. Segundo os moradores e testemunhas, os agressores teriam sido enviados por Clarisa Reyes, candidata a prefeita pelo Partido do Trabalho (PT).

Nas redes sociais, denunciou-se que os sujeitos estavam encapuzados e usando máscaras enquanto caminhavam em grupos pelas ruas dessa demarcação poblana localizada na Sierra Negra. Circulou até mesmo um vídeo em que é possível vê-los avançando com o único objetivo de intimidar os eleitores.

Eleição suspensa em uma cabine

O Instituto Eleitoral do Estado de Puebla (IEEP) informou que a votação foi suspensa na cabine 306, instalada em uma Escola Telesecundária de Coyomeapan, devido a um tiroteio entre os encapuzados e os moradores, que resultou na morte de um militante do Partido Verde Ecologista do México (PVEM), supostamente às mãos de um membro do Partido do Trabalho (PT), e outra pessoa ferida por um disparo.

Segundo a imprensa local, o local foi protegido por membros da Guarda Nacional, Polícia Estadual e Municipal, além da Secretaria de Defesa Nacional (Sedena).

Esse foi um dos dois incidentes infelizes registrados no estado, pois também foi relatado que, no município de Tlapanalá, homens armados invadiram uma cabine instalada na Escola Gabriela Mistral e roubaram seis pacotes eleitorais, embora a segunda esteja recebendo os votos, segundo autoridades eleitorais.

O chefe do Conselho Local do INE em Puebla, Edgar Humberto Arias Alba, confirmou ambos os incidentes, “mas mesmo nesses lugares, embora seja assustador e indignante, as pessoas estão exercendo seu direito de voto e têm a proteção da segurança pública (…) estão votando e seu valor cívico e responsabilidade é comovente”, disse o funcionário eleitoral.

O governador de Puebla, Sergio Salomón Céspedes, anunciou que já há detidos; o governador pediu aos candidatos que não interfiram no processo eleitoral e exortou os cidadãos a não se deixarem coagir.