O bloco popular não pode se dividir

É uma questão óbvia e lógica; a união fortalece e a divisão enfraquece.

O bloco popular não pode se dividir

É uma questão óbvia e lógica; a união fortalece e a divisão enfraquece.

Temos inúmeros exemplos principalmente nos embates eleitorais, o mais recente a eleição para a presidência da República. Habilmente Lula trouxe para ser seu vice um expoente do centro direita, fragilizando gravemente o bloco da direita e fortalecendo o bloco popular.

Sem dúvida essa estratégia foi um dos principais fatores da vitória sobre o candidato adversário que mesmo contando com a máquina pública e muitos recursos que todo candidato no poder obtém, amargou a derrota.

Mas a aqui em Cuiabá, vários líderes do bloco popular, parece que não assimilaram esses ensinamentos.

Primeiramente ao invés de priorizar os interesses populares, os quais deveriam defender, travam acirrada luta interna para ver qual deles se sagra "vencedor", numa disputa que promove sério risco de fracionar o bloco popular, promovendo ao invés de única, uma outra candidatura do setor.

O mais grave, além da enorme demora para colocar o bloco na rua, como fazem há meses os adversários, ainda podem alijar do grupo o maior líder e seu partido que detém, bem ou mal, a máquina da Prefeitura da Capital.

Muitos desses "lideres" parecendo de 1ª viagem ainda tentam "justificar" que "estariam se livrando de desgastes" no processo eleitoral. Completam ainda que uma candidatura desse partido alijado "retiraria votos dos adversários". Chega a ser cômico, para não dizer de burrice extrema.

É óbvio e ululante que se hoje esse partido, seu principal líder e todo eleitorado que a eles ainda fiéis, deixarão de votar no candidato do bloco popular.

Essa aventura infantil certamente irá favorecer as candidaturas bolsonaristas, podendo levar ambas ao 1º turno. E daí, depois de Inês já morta, com que cara de pau poderemos sugerir um deles aos nossos eleitores?

Outros, perdidos como cegos em tiroteio, indagam qual seria então nossa estratégia. Zé mané, quantas vezes já ouviste que a união é a chave da vitória. O caminho em primeiro lugar é não estimular, mas sim dissuadir nossos aliados de não lançar outra candidatura, que também estará fadada ao fracasso.

Trabalhar para definir o mais breve possível nosso candidato, e se ambos não se dispõe ceder, vamos examinar os critérios já estabelecidos, entre eles o principal, avaliando quem amplia mais, ou seja, qual deles teria apoio da maioria dos partidos do nosso bloco.

Se não haver consenso a nível dos organismos inferiores, é só aplicar os estatutos da Federação do conhecimento de todos, nesse caso da instancia superior, ou seja, da Federação a nível Nacional.

Companheiros, e camaradas, vamos agir com desprendimento e sabedoria, principalmente para sermos coerentes com os nossos discursos, de sermos soldados da democracia, da luta pela defesa dos interesses populares, pelo progresso da nossa cidade, Estado e nosso País.

Aluisio Arruda – Jornalista, Arquiteto e Urbanista, membro do PC do B-MT