Justiça proíbe advogado de atuar por suspeita de ligação com PCC

A Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) proibiu um advogado de exercer sua função por supostamente integrar a organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).

Foto: Metrópoles

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A Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) proibiu um advogado de exercer sua função por supostamente integrar a organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). A decisão abrange somente a área criminal, e também vedou o acesso do profissional a qualquer estabelecimento prisional.

De acordo com o órgão, alguns advogados do estado do Pará estariam, com sua atuação, beneficiando o PCC. Neste caso em específico, o advogado supostamente defendeu presidiários em 16 petições sem ter qualquer relação direta com eles, recebendo o pagamento diretamente da facção criminosa.

Relator do caso, o ministro Sebastião Reis Junior afirmou em sua decisão que o advogado também tinha o hábito de se comunicar com presos sem estar habilitado para defendê-los processualmente.

O relator destacou que entre janeiro e setembro de 2020, o PCC teria enviado pagamentos ao advogado, por meio da conta bancária de sua mãe, e um total próximo a R$ 80 mil.

O que diz a defesa

A defesa do advogado que teve sua atuação cassada alegou que a decisão apresenta "falta de contemporaneidade", pois o ganho financeiro teria ocorrido no ano de 2020.

Além disso, a defesa disse que tanto a representação do Ministério Público quanto a decisão judicial são genéricas, porque apresentaram como prova somente os pagamentos recebidos pelo advogado.

*Sob supervisão de André Rigue