G7 tentará usar ativos russos congelados para ajudar a Ucrânia

O G7 explorará maneiras de usar a renda futura dos ativos russos congelados para ajudar a Ucrânia, disseram chefes financeiros das democracias industriais do G7, neste sábado (25), de acordo com um esboço de comunicado visto pela Reuters.

Foto: CNN Brasil

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O G7 explorará maneiras de usar a renda futura dos ativos russos congelados para ajudar a Ucrânia, disseram chefes financeiros das democracias industriais do G7, neste sábado (25), de acordo com um esboço de comunicado visto pela Reuters.

O G7 congelou cerca de US$ 300 bilhões em ativos russos pouco depois que Moscou invadiu o país vizinho em fevereiro de 2022.

"Estamos progredindo nas nossas discussões sobre potenciais caminhos para trazer os lucros extraordinários decorrentes dos ativos soberanos russos congelados para o benefício da Ucrânia", afirma o projeto de declaração.

O comunicado não sofrerá alterações significativas antes de uma versão final ser divulgada ainda neste sábado (25), disse uma fonte do G7.

Os ministros serão acompanhados pelo ministro das Finanças da Ucrânia, Serhiy Marchenko, cujo país devastado pela guerra está lutando para conter uma ofensiva russa no norte e no leste, mais de dois anos após a primeira invasão de Moscou.

Os ministros das finanças e os banqueiros centrais reunidos em Stresa, no norte de Itália, pretendem apresentar opções sobre a questão do financiamento da Ucrânia para os chefes de governo do G7 considerarem numa cúpula em meados de junho, afirmou a nota.

"De forma consistente com os nossos respectivos sistemas jurídicos, os ativos soberanos da Rússia nas nossas jurisdições permanecerão imobilizados até que a Rússia pague pelos danos que causou à Ucrânia", pontuou o comunicado.

A crescente força exportadora da China e o que os ministros do G7 chamam de "excesso de capacidade" industrial foram outro tema central do encontro de dois dias na cidade lacustre de Stresa, no norte da Itália.

"Expressamos preocupações sobre o uso abrangente pela China de políticas e práticas não mercantis que prejudicam os nossos trabalhadores, indústrias e resiliência econômica", disse.

"Continuaremos a monitorar os potenciais impactos negativos do excesso de capacidade e consideraremos tomar medidas para garantir condições de concorrência equitativas, em linha com os princípios da Organização Mundial do Comércio (OMC)”, completou o comunicado.