UFRGS cria mapas interativos inundações e pontos de doações no RS

A UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) divulgou nesta 6ª feira (10.

Foto: O Globo

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A UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) divulgou nesta 6ª feira (10.mai.2024) um repositório com informações geográficas para auxiliar no enfrentamento das cheias no Rio Grande do Sul.

O espaço, que pode ser acessado por este link, oferece modelos de previsão de elevação do nível da água, mapeamento de áreas afetadas pelas inundações, áreas propensas a deslizamentos, simulação da mancha de inundação e pontos de coleta de água e doações.

A página contempla informações da região metropolitana de Porto Alegre, do Vale do Taquari, do Vale dos Sinos e da região Sul do Estado. Segundo o doutorando do programa de pós-graduação em Saneamento Ambiental e Recursos Hídricos, Iporã Possanti, a proposta é centralizar informações cartográficas das enchentes para facilitar análises da situação.

Segundo Possanti, os mapas também podem ser usados por agentes públicos e privados na gestão de crise. “Pelas imagens de satélite, podemos fazer um raio x do acontecido. Em 1941, foi possível estudar apenas pelas medições e pelas fotos. Hoje, temos um relato mais claro da observação da inundação, por exemplo”, afirmou.

Os dados são obtidos via satélites e cruzados com outras informações, como dados do Censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Eis um exemplo do mapa das cheias em Porto Alegre:

Há mapas disponíveis para o público geral, elaborados pela plataforma Google My Maps.

Já o mapa para acesso avançado é voltado para gestores públicos, autoridades locais, pesquisadores e parceiros. Agrupa todas as informações dos outros mapas para fornecer informações precisas e acessíveis aos interessados.

Atualização constante

O repositório é constantemente alimentado com novas informações e análises. Segundo os pesquisadores da UFRGS, satélites identificam água e lama na região hidrográfica do Guaíba e, assim, podem dimensionar a quantidade e porcentagem de pessoas afetadas em cada município.

Além dos mapas de observação, há também os de simulação. Estes podem, por exemplo, prever locais de instalação de abrigos. Segundo Possanti, as análises usam dados anteriores de entulho nas cidades e informações detalhadas da região Sul do Estado.