Governo retira do ar vídeo de ato em que Lula pede voto a Boulos

O vídeo da transmissão do ato unificado das centrais sindicais, realizado ontem (4ª) em São Paulo, foi retirado do perfil do CanalGov no YouTube.

Foto: Poder360

Foto: Poder360

O vídeo da transmissão do ato unificado das centrais sindicais, realizado ontem (4ª) em São Paulo, foi retirado do perfil do CanalGov no YouTube. O conteúdo, que havia sido transmitido ao vivo pelo canal oficial da Presidência na plataforma, deixou de ser acessível ao público.

O governo federal manteve a publicação em que divulga o link da transmissão no X (antigo Twitter). No endereço, no entanto, o vídeo aparece como “indisponível”.

A remoção se deu depois da repercussão do pedido de voto ao pré-candidato à Prefeitura paulista, Guilherme Boulos (PSOL-SP), feito pelo presidente Lula durante evento. Geralmente, as transmissões ao vivo feitas pelo governo permanecem no catálogo de vídeos das redes oficiais.

Em seu discurso, o chefe do executivo fez elogios a Boulos e pediu voto de seus eleitores ao pré-candidato. Na ocasião, o mandatário disse ainda que ele estaria disputando uma “verdadeira guerra” em São Paulo. O principal rival do político é Ricardo Nunes (MDB) -atual prefeito paulista.

“Ninguém derrotará esse moço aqui se vocês votarem no Boulos para prefeito de São Paulo nas próximas eleições. Vou fazer um apelo: cada pessoa que votou no Lula em 1989, em 1994, em 1996, em 2006, em 2010, em 2022, tem que votar no Boulos para prefeito de São Paulo".

A atitude de Lula pode ser configurada como crime eleitoral por ter sido feita durante evento que contou com dinheiro público. O Poder360 apurou que a estatal desembolsou aproximadamente R$ 3 milhões ao patrocinar o evento. Pode configurar crime eleitoral porque equivale a receber apoio de uma pessoa jurídica, o que é vedado pela lei.