Senado Estabelece Limite de R$ 15 Bilhões para Incentivos ao Setor de Eventos até 2026; Projeto Aguarda Sanção

O Senado aprovou, nesta terça-feira (30), o projeto de lei que ajusta as normas do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse).

Foto: Gazeta Brasil

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O Senado aprovou, nesta terça-feira (30), o projeto de lei que ajusta as normas do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse). O texto agora aguarda sanção.

Na semana passada, durante a análise da Câmara, os deputados modificaram os critérios de elegibilidade para o programa e estabeleceram um limite de despesas de R$ 15 bilhões em isenções fiscais até 2026.

De acordo com o texto, a continuidade do Perse será limitada pela alcançar o montante de R$ 15 bilhões ou até dezembro de 2026.

Proposta de alteração
No Senado, a relatora do projeto, Daniella Ribeiro (PSD-PB), sugeriu uma mudança na versão aprovada pela Câmara para permitir o ajuste dos recursos destinados ao programa de acordo com a inflação.

Entretanto, a senadora optou por retirar esse trecho após solicitação do setor de eventos. A correção pela inflação acarretaria um acréscimo de aproximadamente R$ 2 bilhões nos custos. Por esse motivo, o governo concordou em descartar a proposta.

Caso a proposta fosse alterada pelo Senado, ela retornaria para nova análise dos deputados antes de ser submetida à sanção presidencial, o que atrasaria a liberação dos recursos para o setor.

O que é o Perse?
Criado durante a pandemia, o Perse oferece benefícios fiscais para empresas do setor e facilita a renegociação de dívidas com descontos para as empresas dessa área.

O encerramento do programa foi estabelecido em medida provisória (MP) emitida pelo governo em dezembro do ano anterior, com a previsão de uma retomada gradual da tributação das empresas de eventos até a cobrança integral a partir de 2025.

Entretanto, a proposta de encerrar o Perse não foi bem recebida pelos parlamentares. Agora, com a aprovação do Congresso, o programa permanecerá em vigor até 2026.

Restrições na Câmara
Na Câmara, os deputados restringiram as atividades econômicas elegíveis para o programa de 44 para 30. Essa determinação foi mantida pelos senadores.

Dentre os setores que perderam o benefício estão os albergues, campings, pensões de alojamento, serviços de reservas e outros serviços turísticos.

Por outro lado, serão beneficiadas, por exemplo, empresas dos setores de hotéis, cinema, filmagens, shows, eventos esportivos, restaurantes, zoológicos e parques de diversão, com alíquotas reduzidas até 2026.

A habilitação dos beneficiários será realizada pela Receita Federal.