Concorro com uma criança de 6 anos, diz Biden sobre Trump

O presidente e candidato à reeleição dos Estados Unidos, Joe Biden, criticou o adversário Donald Trump no sábado (28.

Foto: Observador

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O presidente e candidato à reeleição dos Estados Unidos, Joe Biden, criticou o adversário Donald Trump no sábado (28.abr.2024). Em tom irônico, Biden disse que a "idade é um problema" para o pleito deste ano e que está "concorrendo com uma criança de 6 anos", em referência a Trump.

A declaração do presidente norte-americano se deu no jantar anual da Associação de Correspondentes da Casa Branca, criada por jornalistas em 25 de fevereiro de 1914. Hoje, é transmitido pela C-Span, uma rede de TV norte-americana que televisiona eventos do setor do governo federal norte-americano, como o Congresso.

É tradição do evento que os presidentes norte-americanos participem com um tom mais descontraído. Biden fez provocações a Trump, que tem 77 anos, e provocou risadas da plateia."A idade é a única coisa que temos em comum. Minha vice-presidente [Kamala Harris] me apoiou", disse o chefe do Executivo norte-americano.

Depois de Joe Biden, o comediante Colin Jost discursou. Disse que se deve “reconhecer como é revigorante ver um presidente dos Estados Unidos em um evento que não começa com um oficial de justiça dizendo: ‘Todos de pé!'”.

Trump se pronunciou em publicação na Truth Social, rede social criada pela startup dele. O empresário criticou o jantar, Biden e Jost.

"O Jantar dos Correspondentes da Casa Branca foi realmente péssimo. Colin Jost foi um fiasco, e o Joe Corrupto foi um desastre total! Não poderia ser pior que isso!", afirmou Trump.

Segundo o jornal norte-americano Washington Post, Trump nunca compareceu ao jantar como presidente. Em 2017, os jornais da grande mídia ameaçaram boicotar o evento caso Trump fosse. A ação foi em protesto às críticas dele à imprensa.

ENTENDA AS ELEIÇÕES NOS EUA

Nos EUA, antes do pleito oficial, os Estados realizam prévias eleitorais –primárias ou caucus. O objetivo é escolher, dentre os pré-candidatos dos partidos, aquele que representará a legenda no pleito, marcado para 5 de novembro.

Nas prévias, cada Estado organiza sua primária com regras próprias. São 2 modelos. O tradicional, com voto em cédulas, que pode ser aberto, fechado ou livre, com apenas filiados ou não. Já o caucus é uma reunião do partido. Os eleitores se reúnem em um espaço para decidir quem será o candidato.

Nos Estados Unidos, o vencedor das eleições não é o candidato com mais votos populares, mas quem conquista a maioria dos delegados de cada Estado. Esses são distribuídos para o candidato mais votado. Nas prévias a lógica é diferente. Os delegados votam proporcionalmente ao número de votos.

A principal data das prévias foi em 5 de março, quando eleitores de 16 Estados e 1 território votaram. A data é conhecida como Super Tuesday (Super 3ª feira, em tradução livre). Os territórios de Guam e Ilhas Virgens encerrarão as prévias em 8 de junho.

VOTO NÃO OBRIGATÓRIO

Nos EUA, ninguém é obrigado por lei a votar em qualquer eleição local, estadual ou presidencial. Segundo a Constituição, votar é um direito, mas não é um requisito.

COLÉGIO ELEITORAL

O presidente e o vice-presidente dos EUA são eleitos indiretamente pelo Colégio Eleitoral. Cada Estado tem o mesmo número de delegados que cadeiras no Congresso (Câmara dos Deputados e Senado). São 538 delegados.

Após votar para presidente, o voto é contabilizado ao nível estadual. Em 48 Estados e em Washington D.C. o vencedor recebe todos os votos eleitorais daquele Estado. Maine e Nebraska atribuem seus eleitores usando um sistema proporcional.

Um candidato precisa do voto de pelo menos 270 delegados –mais da metade do total– para vencer a eleição presidencial.

Geralmente, um vencedor projetado é anunciado na noite da eleição em novembro. No entanto, a votação oficial do Colégio Eleitoral é realizada em meados de dezembro, quando os delegados se encontram.

A diplomação do resultado será em 6 de janeiro de 2025. A posse, em 20 de janeiro.