Lula defende que Brasil tenha indústria de defesa forte

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez um apelo por mais investimentos na indústria de defesa, destacando que “um país do tamanho do Brasil não pode ficar dependendo de tecnologias de países inferiores”.

Foto: YouTube

Foto: YouTube

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez um apelo por mais investimentos na indústria de defesa, destacando que “um país do tamanho do Brasil não pode ficar dependendo de tecnologias de países inferiores”. Suas declarações foram feitas durante uma visita ao Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial, do Comando da Aeronáutica, em São José dos Campos, nesta sexta-feira (26).

“Temos que criar tudo que for possível criar para, em vez de a gente ser dependente, as pessoas fiquem dependentes de nós. Temos condições de ser uma grande nação na área da defesa para construir a paz, não para fazer guerra”, disse Lula.

O presidente defendeu ainda o investimento em pesquisa e que o país forme mais engenheiros e matemáticos. Lula lembrou que quinze anos atrás visitou o DCTA, que vinha desenvolvendo uma turbina de geração de energia movida a etanol. E, hoje, na volta ao local afirmou que a turbina ainda não está pronta.

“A gente já deveria estar desenvolvendo uma turbina a hidrogênio. Temos que conquistar espaço no mundo no segmento de defesa” — afirmou.

Na área da indústria de defesa, a Avibras, empresa brasileira do setor bélico, está sendo negociada com a companhia australiana DefendTex. A Avibras está em recuperação judicial com dívidas de R$ 600 milhões e os funcionários defendem sua estatização.

Durante a visita à Embraer, a companhia aérea Azul anunciou o recebimento de 13 novas aeronaves Embraer 195-E2, que passarão a compor sua frota, em investimento de mais de R$ 3 bilhões. Os equipamentos serão entregues ao longo dos próximos meses, até o final do ano. Os jatos foram encomendados em 2019, conforme antecipou a coluna Capital.

Em 2023, a Embraer entregou 13% mais aeronaves em comparação com o ano anterior, aumentou a receita em 16%, obteve a melhor rentabilidade dos últimos cinco anos e retomou níveis de emprego pré-pandemia.

A Azul voa atualmente para 160 destinos, sendo 50 cidades da Amazônia legal, e quer chegar a 200 nos próximos dois anos. Acompanhia é a maior operadora dos jatos de última geração da Embraer, o modelo E 195 E2. O presidente Lula batizou com champanhe uma das aeronaves entregues nesta sexta.

Lula defende que mais companhias aéreas brasileiras utilizem os jatos da empresa. Ele afirmou durante a visita à fabricante de aviões que assumiu compromisso com o vice-presidente Geraldo Alckmin de conversar com outras companhias de aviação brasileiras sobre os aviões da Embraer. Ele lembrou que o país tem 6 mil municípios, cidades de 200 mil habitantes e 27 capitais e precisa desenvolver aviação regional — e os jatos da Embraer podem ajudar nesse objetivo.