Após crise de abastecimento no país, empresa mineira inaugura nova fábrica de insulina com a presença de Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou, nesta sexta-feira (26), da inauguração da fábrica de insulina da empresa Biomm, em Nova Lima, Minas Gerais.

Foto: Rádio Itatiaia

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou, nesta sexta-feira (26), da inauguração da fábrica de insulina da empresa Biomm, em Nova Lima, Minas Gerais. Com a nova unidade, o Brasil retoma a produção do hormônio no país, com capacidade de suprir a demanda nacional de insulina. Durante discurso, Lula destacou a importância da fábrica para o acesso da população ao insumo e homenageou o trabalho de Walfrido dos Mares Guia, que é um dos sócios-fundadores e membro do conselho de administração da Biomm. Com história na política, Walfrido é amigo de Lula e foi ministro durante os dois primeiros mandatos do presidente, entre 2003 e 2007.

O diabetes é uma doença causada pela produção insuficiente ou má absorção de insulina, hormônio que regula a glicose no sangue e garante energia para o organismo. A insulina tem a função de quebrar as moléculas de glicose (açúcar), transformando-a em energia para manutenção das células do organismo. O diabetes pode causar o aumento da glicemia e as altas taxas podem levar a complicações no coração, nas artérias, nos olhos, nos rins e nos nervos. Em casos mais graves, pode levar à morte. Em 2023, o Brasil enfrentou uma crise de abastecimento de insulina no SUS (Sistema Único de Saúde), resultando em contratações diretas e licitações para insulinas análogas, como as produzidas pela Biomm. Recentemente, a farmacêutica Sanofi, fabricante da insulina Lantus, alertou a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) sobre um possível risco de desabastecimento desse medicamento no país.

De acordo com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, há mais de 20 anos o Brasil não tinha produção nacional de insulina e dependia apenas de produtos importados. "Para ter uma política de ciência e tecnologia em saúde que leve os produtos à população, temos que ter política industrial", disse. O investimento da empresa biofarmacêutica na construção da nova estrutura foi de R$ 800 milhões. A fábrica terá capacidade para 20 milhões de unidades de refis de insulina glargina (de ação prolongada) por ano — e, na sequência, de canetas de insulina. Além disso, poderá fabricar 20 milhões de frascos de outros biomedicamentos, como a insulina humana recombinante. A estimativa é de que a unidade gere 300 empregos diretos e 1.200 indiretos.

Participaram da cerimônia, além de Trindade, os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, de Minas Energia, Alexandre Silveira, das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, da Ciência, Luciana Santos. A presença da primeira-dama Rosângela Silva, conhecida como Janja, também foi notada. O ex-governador Fernando Pimentel (PT), atual presidente da EMGEA, foi outro destaque na cerimônia, recebendo elogios do diretor-executivo da Biomm, Walfrido dos Mares Guia Neto.

Publicada por Felipe Cerqueira

*Reportagem produzida com auxílio de IA