Prates elogia decisão sobre dividendos e nega intervenção

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, avaliou positivamente a decisão de levar a proposta de pagar 50% dos dividendos extraordinários da estatal à Assembleia Geral Ordinária.

Foto: Poder360

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O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, avaliou positivamente a decisão de levar a proposta de pagar 50% dos dividendos extraordinários da estatal à Assembleia Geral Ordinária. O executivo também entendeu que "não teve intervenção" e é natural que o governo oriente seus representantes no Conselho de Administração.

Em reunião na 6ª feira (19.abr.2024), o Conselho de Administração da Petrobras informou que o eventual pagamento de 50% dos dividendos extraordinários "não comprometeria a sustentabilidade financeira da companhia". Trata-se de um sinal verde para o novo entendimento do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) –a ideia inicial da administração petista era não pagar nada.

Agora, caberá à assembleia de acionistas, marcada para 5ª feira (25.abr), decidir sobre o tema.

Prates explicou em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo que a reunião de 6ª feira (19.abr) foi iniciada depois do fechamento do mercado de ações, por volta das 18h30, para evitar vazamentos. A decisão recebeu apenas 1 voto contrário, da conselheira representante dos empregados, Rosângela Buzanelli.

"A reunião ocorreu sem problemas, foi harmônica, uma atmosfera legal", disse o presidente da Petrobras, que anteriormente se absteve de votar. "Não houve prejuízo que não aquele causado por uma especulação exagerada. A legislação foi respeitada, o acionista controlador fez valer sua prudência e transparência, e a governança foi seguida à risca", completou.

Prates também defendeu o direito do governo de orientar os conselheiros que o representam nas decisões do órgão. "Não tem nada de mais, eles têm todo o direito. Não teve intervenção, foi tudo feito através do Conselho e é legítimo o governo orientar seus conselheiros", disse o líder da petroleira.