O diretor-geral da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica), Rafael Grossi, alertou na 2ª feira (15.abr.2024) que a usina nuclear de Zaporizhzhia, na Ucrânia, está "perigosamente perto de um acidente".
"Não devemos permitir que a complacência permita que um lançamento de dados decida o que acontece a seguir. Devemos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance hoje para minimizar o risco de um acidente", disse Grossi durante reunião do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas).
Localizada na cidade de Enerhodar, próxima à fronteira sul da Ucrânia, Zaporizhzhia é a maior usina nuclear da Europa. A planta está ocupada pela Rússia desde março de 2022 e voltou a ser alvo de bombardeios em 7 de abril deste ano. Moscou e Kiev negam autoria.
Segundo o chefe da AIEA, depois das ofensivas recentes, a usina foi inspecionada e constatou-se apenas "danos superficiais à estrutura". Porém, Grossi considerou que "o ataque estabelece um precedente muito perigoso".
"Esses ataques imprudentes devem cessar imediatamente. Embora, felizmente, desta vez não tenham provocado um incidente radiológico, aumentam significativamente o risco na central nuclear de Zaporizhzhia, onde a segurança nuclear já está comprometida", disse. "Dois anos de guerra pesam fortemente sobre a segurança na Central Nuclear de Zaporizhzhia."
O diretor da Agência Internacional de Energia Atômica concluiu afirmando que, embora os 6 reatores da central nuclear estejam desligados por recomendação do organismo, "os perigos potenciais de um acidente nuclear grave continuam sendo muito reais".
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