Bolsonaro reforça narrativa de perseguição, mas sem citar Moraes
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) discursou por pouco mais de 20 minutos neste domingo (25.
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Inscreva-seAssista à íntegra do discurso (22min49s):
“Saí do Brasil e essa perseguição não terminou. "É joia, é a questão de importunação de baleia, é dinheiro que teria mandado para fora do Brasil. É tanta coisa que eles mesmos acabam trabalhando contra si. A última agora é: ‘Bolsonaro queria dar um golpe'”.
O ex-presidente mencionou as investigações da PF (Polícia Federal), como a operação Tempus Veritatis, que apura uma articulação para mantê-lo na Presidência em 2022.
Bolsonaro afirmou que para a adoção de um estado de sítio é preciso convocar os conselhos da República e da Defesa. Disse também que seria necessário mandar uma proposta para o Congresso.
“Agora o golpe é porque tem uma minuta de um decreto de Estado de defesa. Golpe usando a Constituição? Tenham santa paciência. Deixo claro que estado de sítio começa com o presidente da República convocando os conselhos da República e da Defesa. Isso foi feito? Não”, declarou.
Mesmo com o discurso crítico às investigações em curso, o ex-presidente não mencionou o Supremo. Ao fim, declarou que deseja pacificação e “passar uma borracha no passado”.
“Teria muito a falar. Tem gente que eu falaria, mas o que eu busco é a pacificação. É passar uma borracha no passado. É buscar maneira de nós vivermos em paz. É não continuarmos sobressaltados”, declarou.
O ATO
As ruas da avenida Paulista começaram a ser tomadas pelos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para o ato deste domingo (25.fev.2024). Embora o evento estivesse previsto para 15h, manifestantes vestidos de verde e amarelo e com a Bandeira do Brasil começaram a se reunir em frente ao Masp (Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand) por volta das 9h.
O grupo se concentrou no principal trio, o “Demolidor”, onde o ex-chefe do Executivo e aliados discursaram. Os apoiadores entoaram músicas evangélicas, como “Porque ele vive”, interpretada por André Valadão, além de gritos de guerra, como “Eu vim de graça” e “Volta, Bolsonaro”.
A segurança do ato foi reforçada com o uso de drones e câmeras físicas e móveis do sistema Olho de Águia.
O esquema de policiamento na região teve 2.000 agentes, segundo informações da SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo).
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