Caso Hungria: Bolsonaro diz a Alexandre de Moraes ser "ilógico" sugerir que ele queria asilo ou fugir

Em resposta ao Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que não havia receio de prisão e que é “ilógico” supor que se abrigou na embaixada da Hungria em Brasília em busca de asilo.

Caso Hungria: Bolsonaro diz a Alexandre de Moraes ser

“Portanto, diante da ausência de preocupação com a prisão preventiva, é ilógico sugerir que a visita do Peticionário à embaixada de um país estrangeiro fosse um pedido de asilo ou uma tentativa de fuga”, afirma a petição encaminhada ao ministro e assinada por Paulo Amador Cunha Bueno e Fabio Wajngarten.

“A própria imposição das recentes medidas cautelares tornava essa suposição altamente improvável e infundada”, diz trecho da resposta.

Seguindo esse argumento, Bolsonaro e os advogados do ex-presidente sustentam que entenderam que, se ele tivesse que ser preso, teria sido no próprio dia 8.

A defesa argumenta ainda ao ministro do STF que Bolsonaro “jamais deixou de comparecer a qualquer ato para o qual foi intimado — e não foram poucos —, sendo conhecidos seus endereços em Brasília, assim como sua rotina profissional no Partido Liberal”. E acrescenta que, nas duas vezes em que saiu do Brasil, o ex-presidente da República informou o STF.

Os advogados reafirmam na petição ao STF a proximidade com Viktor Orbán, primeiro-ministro da Hungria, com quem afirmam que Bolsonaro mantém “agenda política”e “notório alinhamento”.

De acordo com eles, esta é a “razão porque sempre manteve interlocução próxima com as autoridades daquele país, tratando de assuntos estratégicos de política internacional de interesse do setor conservador”.