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Demência

Estudo revela momento crucial para prevenir demência com alimentação saudável

A demência atinge uma nova pessoa a cada três segundos.


Foto: O Globo

A demência atinge uma nova pessoa a cada três segundos. Segundo as estatísticas mais recentes, enquanto você lê este texto, mais uma pessoa está enfrentando perda de memória, confusão e mudanças de comportamento.

É um pensamento assustador. Mas novas pesquisas sugerem que adotar uma dieta parcialmente saudável em determinado ponto da vida pode ajudar a evitar essa doença devastadora para o cérebro. Segundo cientistas, manter uma dieta equilibrada nos 50 e 60 anos pode reduzir significativamente o risco de desenvolver demência na velhice. Uma dieta rica em peixes, leguminosas e vegetais — enquanto limita guloseimas açucaradas — pode potencialmente atrasar a perda de memória em até 25%.

Pesquisadores britânicos da Universidade de Oxford descobriram que seguir esses hábitos alimentares entre as idades de 48 e 70 anos pode melhorar a atividade cerebral em áreas geralmente afetadas antes do desenvolvimento da demência.

Eles incentivaram o público a adotar “estratégias para melhorar” sua dieta para ajudar a manter a estrutura cerebral e reduzir o risco de demência. O estudo, publicado na JAMA Network Open, também revelou que pessoas com menos gordura abdominal durante esse período tendem a ter melhor memória e raciocínio mais afiado à medida que envelhecem.

“A mudança global para hábitos alimentares pouco saudáveis está associada ao aumento da prevalência de diabetes, doenças cardiovasculares e obesidade, todos conhecidos fatores de risco para demência,” escreveram os pesquisadores. “É importante considerar as implicações da dieta como um todo e da obesidade central para a memória e as regiões cerebrais associadas, como o hipocampo.”

Este não é o primeiro estudo a ligar a dieta à redução do risco de demência. Um estudo recente publicado na revista BMC Medicine sugeriu que aderir a uma dieta mediterrânea pode reduzir o risco de demência em até 23%, quando comparado com pessoas que raramente, ou nunca, seguem esse estilo de alimentação.

A Alzheimer’s Society afirma: “Uma das razões pelas quais a dieta mediterrânea é considerada benéfica é porque é rica em antioxidantes provenientes de frutas e vegetais. Estes podem ajudar a proteger contra alguns dos danos às células cerebrais associados à doença de Alzheimer. Pesquisas sugerem que isso pode ser benéfico para ajudar a manter a memória e as habilidades de pensamento.”

Para o estudo atual, os pesquisadores acompanharam os hábitos alimentares de 512 britânicos ao longo de 11 anos e avaliaram a relação cintura-quadril de 664 pessoas em um acompanhamento de 21 anos. Exames, incluindo ressonâncias magnéticas e testes cognitivos, foram realizados no início do estudo. Foram repetidos quando os participantes completaram 70 anos para acompanhar o progresso e identificar sinais de declínio cognitivo. Os autores descobriram que uma dieta mais saudável melhorou a conectividade cerebral, especialmente no hipocampo, onde memórias são formadas, e no lobo occipital, que processa o que os olhos veem. A melhoria na dieta também foi associada a melhores habilidades de linguagem.

De acordo com a nutricionista sênior da Fundação Britânica do Coração (BHF), Victoria Taylor, consumir alimentos saudáveis para o coração também pode beneficiar a saúde do cérebro. Isso ocorre porque doenças cardíacas ou circulatórias podem aumentar o risco de desenvolver demência. Ela recomendou a ingestão dos seguintes alimentos: 1. Grãos integrais (três ou mais porções por dia) 2. Vegetais com folhas verdes, como espinafre, couve, repolho e alface (uma ou mais porções por dia) 3. Outros vegetais (uma ou mais porções por dia) 4. Nozes (na maioria dos dias) 5. Feijões e lentilhas (três ou mais porções por semana) 6. Frutas vermelhas, incluindo mirtilos e morangos (duas ou mais porções por semana) 7. Frango ou peru (duas ou mais porções por semana) 8. Peixes (uma ou mais porções por semana) 9. Azeite de oliva (como principal óleo ou gordura utilizada) 10. Vinho (não mais que um copo pequeno por dia – mais que isso é mais provável prejudicar a saúde do que ajudar)

 

GAZETA BRASIL

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