Moraes afasta delegado e agente envolvidos no caso Marielle

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), mandou afastar o delegado Giniton Lages e o agente Marco Antônio de Barros Pinto da Polícia Civil do Rio de Janeiro.

Moraes afasta delegado e agente envolvidos no caso Marielle
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Os 2 também foram alvos de buscas e apreensões em suas residências no Rio.

Além de Rivaldo, foram presos neste domingo (24.mar) Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, e o deputado federal Chiquinho Brazão (União Brasil-RJ), deputado federal.

Giniton escreveu o livro Quem matou a Marielle, em que relata os bastidores da morte da vereadora. Na obra, o delegado faz conexões do assassinato de Marielle com grupos de milícia que atuam na zona oeste da capital fluminense.

RELEMBRE O CASO

Marielle e Anderson foram mortos na noite de 14 de março de 2018. A vereadora havia saído de um encontro no instituto Casa das Pretas, no centro do Rio. O carro em que a vereadora estava foi perseguido pelos criminosos até o bairro do Estácio, que faz ligação com a zona norte.

Investigações e uma delação premiada apontaram o ex-policial militar Ronnie Lessa como autor dos disparos. Teria atirado 13 vezes em direção ao veículo.

Lessa está preso. Já havia sido condenado por contrabando de peças e acessórios de armas de fogo. O autor da delação premiada é o também ex-PM Élcio Queiroz, que dirigia o Cobalt usado no crime.

Outro suspeito de envolvimento preso é o ex-bombeiro Maxwell Simões Correia, conhecido como Suel. Seria dele a responsabilidade de entregar o Cobalt usado por Lessa para desmanche. Segundo investigações, todos têm envolvimento com milícias.

No fim de fevereiro, a polícia prendeu Edilson Barbosa dos Santos, conhecido como Orelha. Ele é o dono do ferro-velho suspeito de fazer o desmanche e o descarte do veículo usado no assassinato.

O homem já havia sido denunciado pelo Ministério Público em agosto de 2023. É acusado de impedir e atrapalhar investigações.

Apesar das prisões, 6 anos depois do crime ninguém foi condenado. Desde 2023, a investigação iniciada pela polícia do Rio de Janeiro está sendo acompanhada pela Polícia Federal.

Em dezembro de 2023, o então ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, disse que o crime seria elucidado "em breve". Na ocasião, afirmou que as investigações estavam caminhando para a fase final.