A SPE (Secretaria de Política Econômica) do Ministério da Fazenda disse nesta 6ª feira (7.mar.2025) que a economia brasileira deve acelerar no 1º trimestre de 2025 em relação ao 4º trimestre de 2023. Eis a íntegra da nota técnica (PDF – 1 MB).
Segundo o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o melhor desempenho da agropecuária no 1º trimestre de 2025 deve potencializar a economia no início do ano. Posteriormente, no 2º trimestre, haverá uma nova desaceleração.
"No 1º trimestre de 2025, o ritmo de crescimento deverá voltar a subir na margem, desacelerando em seguida. A expansão da atividade agropecuária deverá ser na casa de 2 dígitos, repercutindo principalmente a colheita recorde de soja. O PIB de serviços deve acelerar na margem no 1º trimestre, refletindo o reajuste do salário mínimo e o maior ritmo de crescimento de atividades relacionadas à agropecuária, como os transportes e o comércio", disse.
A SPE disse que o desempenho negativo da agropecuária no 2º trimestre provocará pressões sobre o PIB brasileiro. Na 2ª metade do ano, a perspectiva é de que o "ritmo de crescimento se mantenha próximo à estabilidade". O Ministério da Fazenda espera uma alta de 2,3% na economia brasileira em 2025.
A secretaria declarou ainda que o Brasil ocupou a 4ª melhor posição no acumulado de 2024.
MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO
O Ministério do Planejamento e Orçamento disse em nota técnica que o resultado do PIB de 2024 foi positivo e representa o 4º ano de crescimento consecutivo depois do auge dos efeitos da pandemia de covid-19. Eis a íntegra (PDF – 261 kB).
"O crescimento da Indústria e dos Serviços foram o destaque no lado da oferta. Na ótica da demanda, todos os componentes registraram variação positiva: consumo das famílias acumulou alta de 4,8%; consumo do governo com expansão de 1,9% e o investimento mantendo taxas positivas no acumulado em quatro trimestres, pela 2ª vez consecutiva", disse.
PIB DO BRASIL
O PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil cresceu 3,4% em 2024, com aceleração em relação a 2023 (3,2%).
O Produto Interno Bruto é a soma de tudo o que o país produziu em determinado período. É um dos indicadores mais importantes do desempenho de uma economia. Se cresceu, a dinâmica está aquecida.
O resultado veio alinhado com as projeções dos agentes financeiros. Esperava-se um aumento próximo a 3,5%, segundo as projeções colhidas pelo Poder360.
O PIB da agropecuária caiu 3,2% em 2024 com a menor colheitas de soja e milho. A indústria teve alta de 3,3%, puxada pela indústria da transformação e pela construção. O setor de serviços avançou 3,7% em 2024 e acelerou o ritmo ante 2023 (2,8%).
"Em 2024, o maior ritmo de crescimento refletiu impulsos positivos vindos do mercado de trabalho e crédito, além de políticas de estímulo ao desenvolvimento produtivo e sustentável", disse a SPE.
Pelo lado da despesa, o consumo das famílias cresceu 4,8% em relação ao ano anterior. O consumo do governo avançou 1,9%.
O governo federal avalia que houve avanço da massa de rendimentos e das concessões de crédito, o que impulsionou o PIB. A FBCF (Formação Bruta de Capital Fixo) cresceu 7,3% no ano passado, impactada pela"forte expansão na produção e importação de máquinas e equipamentos".
PIB 4º TRIMESTRE
O PIB do Brasil cresceu 0,2% no 4º trimestre ante o 3º trimestre, na série com ajuste sazonal. A taxa de expansão desacelerou pelo 2º trimestre seguido. Foi menor que o estimado pelos agentes financeiros e pela SPE (0,4%).
PIB PER CAPITA
O PIB per capita do Brasil atingiu R$ 55.247,45 e cresceu 3,0% em 2024. Foi a maior alta desde 2021.
PODER 360