Pinacoteca de São Paulo recebe exposição inédita de artista cuiabano

Pinacoteca de São Paulo recebe exposição inédita de artista cuiabano (Foto: Divulgação) No próximo sábado (23.

Pinacoteca de São Paulo recebe exposição inédita de artista cuiabano (Foto: Divulgação)

No próximo sábado (23.03) a Pinacoteca do Estado de São Paulo abrirá as portas para a primeira retrospectiva do artista cuiabano Gervane de Paula na cidade. Intitulada “Como é bom viver em Mato Grosso”, a exposição é curada por Thierry Freitas e ocupará três salas do segundo andar do Pavilhão Luz, exibindo uma ampla seleção de obras que abrangem desde o final dos anos 70 até 2023.

A mostra inclui pinturas, instalações e objetos que representam “quatro décadas de intensa dedicação à arte”, conforme declaração do próprio artista. Residente em Cuiabá, no histórico bairro do Araés, Gervane de Paula lança seu olhar crítico e contestador para os poderes instituídos, tanto no âmbito público quanto privado, além de abordar as relações sociais marcadas pela desigualdade e opressão.

Destacam-se na exposição algumas telas importantes e inéditas dos anos 80, período em que Gervane foi o único artista autodeclarado negro a participar da Exposição no Parque Lage, em 1984, evento que marcou a célebre Geração 80 nas artes visuais.

A equipe do MT Projetos de Artes/RJ, que apoia e representa o artista, destaca que, apesar de residir longe das grandes metrópoles, Gervane de Paula nunca se esquivou dos debates contemporâneos que dizem respeito à humanidade e à preservação do planeta ameaçado. "Sua arte, de cores vivas e suportes inusitados, é um libelo pela vida, pela civilização contra a barbárie".

A exposição de Gervane de Paula na Pinacoteca de São Paulo estará aberta ao público até 1º de setembro.

Sobre o Artista

Gervane de Paula é brasileiro, nascido em Cuiabá, onde reside e trabalha desde 1977. Integrante da “Geração 80”, movimento artístico de grande relevância nas artes plásticas brasileiras, o artista tem participado de mostras individuais e coletivas em museus tanto no Brasil quanto no exterior. Sua obra tem como base a cultura de massa, popular e religiosa, abordando o realismo social e discutindo diversas formas de violência urbana, partindo do cenário local para retratar o mundo em que vive. Utilizando uma variedade de suportes e materiais, sua produção transita entre pintura, desenho, objeto e instalação.