Zelensky pede que EUA de Trump sigam ajudando a Ucrânia na guerra
Depois de Donald Trump (Partido Republicano) ter sido eleito presidente dos Estados Unidos na 3ª feira (5.
Depois de Donald Trump (Partido Republicano) ter sido eleito presidente dos Estados Unidos na 3ª feira (5.nov.2024), o líder da Ucrânia, Volodymyr Zelensky (Servo do Povo, centro), pediu nesta 5ª feira (7.nov.) que os EUA continue apoiando os ucranianos no conflito contra a Rússia. A ajuda de aliados de Kiev na Europa também foi solicitada pelo ucraniano.
Segundo Zelensky, a concessão de território para os russos seria um "suicídio" aos europeus. "Alguns de vocês defenderam que a Ucrânia deveria fazer concessões a Putin. Isso é inaceitável para a Ucrânia e seria um suicídio para toda a Europa", declarou o presidente ucraniano durante discurso na Cúpula da Comunidade Política Europeia, em Budapeste, capital da Hungria.
Zelensky e outros líderes de países integrantes da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) temem que Trump, ao tomar posse, reduza o apoio aos ucranianos no conflito.
Durante a campanha eleitoral, o republicano não detalhou como será sua política externa norte-americana e nem as suas prováveis decisões relacionadas ao conflito entre a Rússia e a Ucrânia. No entanto, afirmou que encerraria o conflito, que dura quase 3 anos, em “24 horas”.
O vice-presidente eleito dos EUA, J.D. Vance (Partido Republicano), foi mais flexível em campanha e deu mais informações sobre o posicionamento do governo Trump no conflito.
Disse em setembro que o presidente eleito iria propor um acordo pacífico que demarcaria uma zona desmilitarizada na fronteira entre a Rússia e a Ucrânia. No plano, o território ucraniano ocupado pelo país de Vladimir Putin seria cedido pelos ucranianos aos russos. A estratégia frustra o “plano de vitória” de Zelensky, que exige devolução total das terras ocupadas.
Vance afirma que o plano manteria a soberania do país de Zelensky sobre os seus territórios ainda controlados e garantiria a neutralidade da Ucrânia, sem o país aderir à Otan –o que a Putin considera importante.
As falas do vice de Trump apresentam aos aliados dos Estados Unidos um vislumbre do rumo da política externa norte-americana, que poderá ser semelhante ao do 1º governo do republicano.
Enquanto esteve à frente da Casa Branca, de 2017 a 2021, Trump colocou os interesses internos de seu país sobre os externos e pressionou outros integrantes da Otan a aumentar seus gastos com defesa para que não se tornassem dependentes dos EUA. O posicionamento foi conflitante com os líderes de países próximos.