Morgan Stanley eleva ações da Petrobras para "compra"; ações sobem mais de 6%
Analistas do Morgan Stanley elevaram a recomendação das ações da Petrobras PETR4.
Analistas do Morgan Stanley elevaram a recomendação das ações da Petrobras PETR4.SAPETR3.SA para “overweight” ante “equal weight”, bem como o preço-alvo dos ADRs PBR.N de US$ 18 para US$ 20, enxergando uma perspectiva de retorno total atraente.
“Com as mudanças de gestão agora para trás, acreditamos que o nível de ruído diminuirá gradualmente, o que pode remover parte do componente de volatilidade”, escreveram Bruno Montanari e equipe em relatório enviado a clientes no final do domingo.
Os analistas avaliam que as mensagens recentes da direção apoiam a visão de continuidade da estratégia, com a coexistência de um aumento responsável nos investimentos e distribuição de dividendos, desde que haja disponibilidade de caixa extra.
“Nosso cenário base reflete tal narrativa e, com a reintrodução de dividendos extraordinários, vemos potencial de retorno total de 60%, sendo 37% de valorização das ações, 16% de dividendos regulares e 7% de distribuições extraordinárias.”
De acordo com os analistas, o perfil de forte geração de caixa é a principal diferenciação da Petrobras em relação aos pares em escala global, fornecendo financiamento mais do que suficiente para dividendos nos próximos anos.
“Acreditamos firmemente que a Petrobras tem os melhores ativos de petróleo offshore do setor, com produtividade de poço incomparável e baixos custos de investimento e produção.”
Os analistas estimam um yield de fluxo de caixa livre (FCF) de 22% em 2024 e 23% em 2025, excedendo em muito o das principais ações de petróleo, com média de 7% em 2024 e 11% em 2025.
“Embora possam haver riscos para uma geração de caixa tão alta, como fusões e aquisições e contingências fiscais, entre outros, não esperamos que isso comprometa materialmente o FCF ou os dividendos de uma forma que afete a atratividade dos yields.”
Montanari e equipe destacaram que tal prognóstico contempla a manutenção da governança “nos altos padrões atuais”.
Os analistas citaram que, desde que emergiu da investigação Lava Jato, trabalhando em uma grande transformação da estratégia e no balanço, o nível de governança corporativa da Petrobras foi levado aos mais altos padrões globalmente.
“Embora mudanças recentes e posteriores nas equipes de alta e média gestão possam eventualmente provar ter sido bandeiras amarelas, não vimos nenhuma ruptura material nos padrões de governança”, afirmaram.
“Caso tais mudanças materiais comecem a aparecer, os riscos à disciplina de capital e à criação de valor para os acionistas podem aumentar e nos levar a rever nossa postura otimista em relação aos retornos totais.”
Por volta das 11h20, na bolsa paulista, as preferenciais da Petrobras PETR4.SA avançavam 4,93%, a R$ 38,71, enquanto as ações ordinárias PETR3.SA tinha alta de 6,17%, a R$ 41,82 reais, capitaneando os ganhos do Ibovespa .BVSP, que subia 0,90%, aos 126.834 pontos.