Comissão da Câmara analisa repúdio contra decisão do STF sobre maconha; acompanhe ao vivo

A Comissão de Segurança Pública da Câmara analisa, nesta terça-feira (2), uma moção de repúdio contra a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que descriminalizou o porte de maconha.

Foto: CNN Brasil

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A Comissão de Segurança Pública da Câmara analisa, nesta terça-feira (2), uma moção de repúdio contra a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que descriminalizou o porte de maconha. A sessão acontece neste momento.

Apresentado pelo deputado Sanderson (PL-RS), o requerimento afirma que a decisão da Suprema Corte "desconsidera a autonomia do parlamento brasileiro de legislar sobre o assunto".

Além disso, deputado defende que a decisão "representa um total descaso com políticas públicas sérias de segurança pública brasileira".

"Isso porque a manutenção das drogas, ainda que restrita à maconha, afeta sobremaneira a sensação de segurança pública dos cidadãos e, por conseguinte, um incentivo ao crime organizado", afirmou Sanderson no requerimento.

A CNN procurou o STF para pedir um posicionamento sobre o assunto, mas não obteve retorno até a publicação deste texto. O espaço segue aberto.

Entenda a decisão do STF

Na última quarta-feira (26), o STF concluiu o julgamento que descriminalizou o porte da maconha para consumo pessoal.

A partir de agora será presumido usuário quem estiver com até 40 gramas da droga ou seis plantas fêmeas. Essa regra só vale para a maconha. O porte de todas as outras drogas continua sendo crime.

Esse critério com base na quantidade é relativo. Isso significa que pessoas com quantidade menor da droga poderão ser enquadrada como traficantes, se houver outros elementos que levem à conclusão de que se trata de tráfico e não de consumo.

A definição do critério de 40 gramas valerá até que o Congresso aprove alguma legislação sobre o tema, diferenciando na lei usuário de traficante.

*Publicado por Douglas Porto, com informações de Rebeca Borges