Aviões da Boeing podem estar voando com peça de metal falsificada

A Federal Aviation Administration (FAA), agência de aviação dos Estados Unidos, está atualmente investigando documentos falsificados relacionados ao titânio utilizado em jatos recentemente fabricados pela Boeing e Airbus, conforme reportagem do New York Times divulgada nesta sexta-feira.

Foto: Quora

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A Federal Aviation Administration (FAA), agência de aviação dos Estados Unidos, está atualmente investigando documentos falsificados relacionados ao titânio utilizado em jatos recentemente fabricados pela Boeing e Airbus, conforme reportagem do New York Times divulgada nesta sexta-feira.

Segundo o jornal, os documentos em questão estão sob análise tanto da FAA quanto da Spirit AeroSystems, empresa responsável pelo fornecimento de fuselagens para a Boeing e asas para a Airbus.

O titânio é um metal crucial na cadeia de suprimentos aeroespacial, sendo empregado na fabricação de diversos componentes vitais como trens de pouso, lâminas e discos de turbinas de aeronaves.

A investigação da FAA visa determinar a extensão do problema e avaliar as implicações de segurança a curto e longo prazo para as aeronaves equipadas com peças suspeitas, conforme destacado em declaração do órgão regulador citada pelo jornal.

A situação ganhou relevância após um fornecedor de peças identificar pequenos furos no material utilizado na fabricação dos jatos, atribuídos à corrosão, conforme mencionado no relatório.

Os fabricantes de aeronaves enfrentam uma demanda crescente por novos aviões, porém têm sido impactados por problemas na cadeia de suprimentos e escassez de componentes, o que tem limitado sua capacidade de atender plenamente às solicitações das companhias aéreas.

No ano passado, a CFM International, fabricante de motores, também enfrentou problemas similares quando descobriu que milhares de componentes de seus motores foram comercializados com documentação falsificada por um distribuidor britânico. Essa descoberta resultou na substituição de peças em algumas aeronaves pelas companhias aéreas afetadas.