"Incidente aleatório", diz Ministério das Relações Exteriores da China sobre esfaqueamento de educadores dos EUA

A polícia chinesa julgou preliminarmente que o esfaqueamento de quatro educadores da universidade de Cornell, no estado de Iowa, nos Estados Unidos, foi um incidente aleatório, disse o Ministério das Relações Exteriores da China nesta terça-feira (11).

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A polícia chinesa julgou preliminarmente que o esfaqueamento de quatro educadores da universidade de Cornell, no estado de Iowa, nos Estados Unidos, foi um incidente aleatório, disse o Ministério das Relações Exteriores da China nesta terça-feira (11). A pasta acrescentou que as investigações estão em andamento,

O incidente não afetará as trocas normais entre os povos dos Estados Unidos e da China, disse o porta-voz Lin Jian numa conferência de imprensa regular.

 

O caso

Os educadores do Cornell College, uma faculdade particular de artes liberais em Mount Vernon, Iowa, foram feridos "em um incidente grave" na segunda-feira (10) enquanto participavam de um programa em parceria com a Universidade de Beihua na cidade de Jilin, no nordeste da China, segundo a faculdade.

"Estamos em contato com todos os quatro instrutores e estamos assistindo-os neste momento", disse o presidente do Cornell College, Jonathan Brand, em um comunicado, acrescentando que nenhum estudante participou do programa.

Filmagens supostamente mostrando o rescaldo do ataque à luz do dia, que surgiram nas redes sociais chinesas na segunda-feira, mas que foram rapidamente censuradas, mostraram dois homens e uma mulher deitados no chão cobertos de grandes manchas de sangue, cercados por espectadores.

Eles pareciam conscientes e falando em seus celulares, mostrava o vídeo.

Os detalhes do ataque, incluindo o motivo e a identidade do agressor ou agressores, permanecem obscuros, e as autoridades chinesas ainda não se pronunciaram sobre o incidente.

A CNN localizou o vídeo do ataque no Parque Beishan, um popular espaço verde no centro da cidade de Jilin, a menos de meia hora de carro da Universidade de Beihua. Esta segunda-feira foi um feriado público na China.

Cooperação

A China tem tentado aumentar sua cooperação educacional com os EUA, que sofreu consideráveis retrocessos devido à pandemia de Covid e às tensões bilaterais.

Durante uma visita aos EUA em novembro, o líder chinês Xi Jinping anunciou que o país convidaria 50.000 jovens americanos para programas de intercâmbio e estudo na China nos próximos cinco anos, com o objetivo de fomentar laços pessoais entre os dois países.

O líder chinês mencionou seus próprios laços duradouros com o estado de Iowa em seu anúncio. Xi ficou hospedado com uma família de acolhimento em Iowa durante sua primeira visita aos EUA, há quase quatro décadas, uma experiência que ele descreveu como "inesquecível."

Na semana passada, Xi encorajou as universidades da China e dos EUA a "fortalecerem as trocas e a cooperação", em uma carta ao presidente da Universidade Kean, em Nova Jersey, que possui uma joint venture com a Universidade de Wenzhou, segundo a mídia estatal.