Netanyahu pede que Gantz não deixe o Governo: "Hora de União, não de Divisão"

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, solicitou neste sábado ao ministro do Gabinete de Guerra, Benny Gantz, que não abandone o governo de unidade nacional e emergência, como planejado anteriormente para hoje em uma declaração pública que foi cancelada após o bem-sucedido resgate de quatro reféns em Gaza.

Foto: Gazeta Brasil

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O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, solicitou neste sábado ao ministro do Gabinete de Guerra, Benny Gantz, que não abandone o governo de unidade nacional e emergência, como planejado anteriormente para hoje em uma declaração pública que foi cancelada após o bem-sucedido resgate de quatro reféns em Gaza.

“Peço a Benny Gantz que não abandone o governo de emergência. Não desista da unidade”, escreveu publicamente o primeiro-ministro em sua conta em uma rede social.

Gantz, do partido de centro-direita União Nacional, tinha a intenção de anunciar esta noite sua saída do governo de emergência e do Gabinete de Guerra, porém cancelou a declaração em que se esperava esse anúncio assim que o Exército publicou a notícia do resgate.

“Este é o momento da unidade e não da divisão. Devemos permanecer unidos diante das grandes tarefas que temos pela frente”, indicou o primeiro-ministro, que com a operação de resgate conquista um triunfo junto à opinião pública, que há meses vem exigindo um acordo de cessar-fogo com o Hamas para a libertação de todos os reféns.

Gantz, que estava no campo da oposição, foi o único líder a atender ao pedido de Netanyahu para formar um governo de unidade nacional em tempos de guerra e conseguiu um cargo dentro do reduzido Gabinete de Guerra, onde é um dos três membros com direito a voto, junto com o próprio primeiro-ministro e o ministro da Defesa, Yoav Gallant.

Porém, no meio de maio, ele lançou um ultimato a Netanyahu: deixaria o gabinete se não fosse anunciado um plano pós-guerra para a Faixa de Gaza antes de 8 de junho, algo que não ocorreu, por isso sua renúncia era esperada para hoje.

Sua saída tem um peso mais simbólico do que prático, já que a coalizão de Netanyahu mantém sua maioria na Knéset (Parlamento de Israel), mas coloca mais pressão sobre o primeiro-ministro, já que Gantz agora é uma das figuras políticas mais valorizadas em Israel.

Por sua vez, o primeiro-ministro afirmou neste sábado que “Israel não se renderá ao terrorismo” após o resgate dos quatro reféns mantidos em Gaza desde o ataque de comandos do Hamas no sul de Israel em 7 de outubro.

O exército identificou os quatro reféns libertados: uma mulher, Noa Argamani, de 26 anos, e três homens: Almog Meir Jan, de 22 anos, Andrey Kozlov, de 27, e Shlomi Ziv, de 41.

Um agente israelense morreu na operação de resgate, informou a polícia.

As forças de segurança “demonstraram que Israel não se renderá ao terrorismo e que age com criatividade e coragem ilimitadas para trazer de volta para casa os reféns”, afirmou Netanyahu.

“Não nos renderemos até cumprirmos nossa missão e trazermos de volta todos os nossos reféns, vivos e mortos”, acrescentou o chefe de governo a partir da sala onde supervisiona as operações militares.

Israel iniciou em 7 de outubro uma guerra implacável contra o grupo terrorista Hamas, no poder em Gaza, em resposta ao ataque no qual os extremistas assassinaram 1.194 pessoas, em sua maioria civis, no sul do país, segundo contagem da AFP com base em dados oficiais israelenses.

Os milicianos também sequestraram 251 pessoas, das quais 116 continuam retidas em Gaza, incluindo 41 que teriam morrido, segundo o exército israelense.

(Com informações da EFE e AFP)