Em greve, servidores da UFMT realizam manifestação na Av. Fernando Corrêa
Em greve, servidores da UFMT realizam manifestação na Av.
Professores e técnicos da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) realizaram uma manifestação em frente à instituição nesta manhã de segunda-feira (03.06), na Avenida Fernando Corrêa. O ato, organizado pela Associação dos Docentes da UFMT (Adufmat-Ssind), Sindicato dos Servidores Técnicos-administrativos da UFMT (Sintuf/MT) e pelo Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe/MT), reivindica melhorias nas carreiras e nas universidades e institutos federais.
As categorias representadas pelas três entidades estão em greve. A Adufmat-Ssind iniciou a paralisação em 20 de maio, enquanto o Sinasefe/MT começou em diferentes datas em abril, e o Sintuf/MT está em greve há 82 dias, desde 14 de março. A manifestação em Cuiabá, que ocorre simultaneamente em diversas capitais do Brasil, tem como objetivo pressionar o Governo Federal a oferecer um reajuste salarial para 2024 e melhorias no Plano de Cargos e Carreiras dos Técnicos Administrativos em Educação.
Na semana passada, servidores da UFMT e do IFMT rejeitaram uma proposta do governo e decidiram manter a greve. Eles demandam um reajuste de 7,06% em 2024, 9% em janeiro de 2025 e 5,16% em 2026. O governo, por sua vez, negou um aumento para este ano, oferecendo 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026.
Durante o ato, o diretor geral da Adufmat e membro do Comando Local de Greve, professor Maelison Neves, destacou as expectativas dos grevistas nas negociações. "Queremos que o governo cumpra sua promessa de valorizar a educação, começando por sentar à mesa e apresentar uma proposta decente e factível para docentes e técnicos administrativos. Além disso, queremos a recomposição do orçamento das universidades", afirmou Neves.
Além disso, segundo o docente, o atual orçamento da UFMT é insuficiente para garantir bolsas que permitam a permanência de estudantes indígenas, quilombolas e da periferia no quadro discente. "Essas bolsas são essenciais para que esses alunos possam se dedicar aos estudos, projetos de extensão e pesquisa, sem medo de passar fome ou sem dinheiro para pagar o aluguel. Muitos saíram de suas casas no interior do estado e de outros estados para realizar o sonho de estudar em uma universidade federal. Por isso, essa greve não é corporativa, mas também pela defesa da universidade pública e sua capacidade de oferecer serviços de qualidade à população", enfatizou.

Apesar do Executivo ter afirmado que encerraria as negociações com os sindicatos dos professores das universidades e institutos federais, uma nova reunião foi marcada para hoje. No entanto, a expectativa para o encontro é baixa. Fontes ligadas à Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico Técnico e Tecnológico (Proifes) acreditam que a reunião não trará novidades em relação ao reajuste salarial, e que os representantes do Ministério da Gestão e Inovação de Serviços Públicos (MGI) devem apenas reapresentar a proposta já rejeitada pela Associação Nacional de Docentes do Ensino Superior (Andes) e pelo Sinasefe.