Defensoria Pública move ação contra Cobasi por morte de animais em alagamentos no RS

A Defensoria Pública do Rio Grande do Sul moveu uma ação contra a Loja Cobasi, solicitando uma indenização de R$ 50 milhões por danos ambientais à saúde pública e psicológicos à coletividade devido às mortes de mais de 40 animais em alagamentos em duas unidades da marca em Porto Alegre.

Defensoria Pública move ação contra Cobasi por morte de animais em alagamentos no RS

A Defensoria Pública do Rio Grande do Sul moveu uma ação contra a Loja Cobasi, solicitando uma indenização de R$ 50 milhões por danos ambientais à saúde pública e psicológicos à coletividade devido às mortes de mais de 40 animais em alagamentos em duas unidades da marca em Porto Alegre. Além disso, a ação requer que a loja seja proibida de comercializar animais e de utilizar gaiolas fixadas de difícil remoção. A Defensoria tentou contato com a Cobasi para obter um posicionamento, mas até o momento não obteve resposta. O defensor público João Otávio Carmona Paz, responsável pelo Núcleo de Defesa Ambiental da DPE, explicou que a ação foi movida após a Defensoria não conseguir contato com os advogados da empresa. Ele ressaltou que os danos psicológicos à coletividade são causados pelas imagens dos animais mortos, gerando impacto na sociedade. Segundo João Otávio, as imagens de abandono e descuido afetam as comunidades de Porto Alegre, do Rio Grande do Sul e do Brasil.

Em uma das lojas da Cobasi, localizada no subsolo de um shopping em Porto Alegre, dezenas de aves, peixes e roedores foram deixados durante uma inundação no último dia 3 de maio. Testemunhas relataram que, mesmo com o fechamento do shopping, era possível acessar a loja nos dias seguintes para resgatar os animais. A Defensoria destaca que a loja teve cinco dias para retirar os animais de forma segura, mas não tomou as devidas providências, resultando na morte de pelo menos 38 animais.

Na outra unidade da loja, os funcionários fecharam o estabelecimento, alegando ter deixado comida e água para os animais por cinco dias, mas não retornaram ao local por uma semana. Ativistas entraram na loja e conseguiram resgatar os animais, porém quatro deles já estavam mortos. A decomposição dos cadáveres expôs a população a diversas doenças, como leptospirose, raiva e hepatite, devido ao contato dos animais com água de esgoto infectada. A ação movida pela Defensoria também conta com a participação da defensora pública Andreia Filianoti Gasparini e de Paula Guerrero Moyses.

*Reportagem produzida com auxílio de IA