Rio Acre atinge menor cota histórica em maio, levantando alerta para possível seca iminente

O Rio Acre, em Rio Branco (AC), atingiu uma marca de 2,52 metros em maio, representando a menor cota para este mês nos últimos cinco anos.

Foto: Gazeta Brasil

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O Rio Acre, em Rio Branco (AC), atingiu uma marca de 2,52 metros em maio, representando a menor cota para este mês nos últimos cinco anos. Este cenário, contrastando com a recente enchente que afetou mais de 70 mil pessoas há pouco mais de dois meses, levanta preocupações sobre a possibilidade de um período de seca iminente. Autoridades e especialistas alertam para a potencial antecipação e aumento da frequência de secas na região, atribuindo isso a uma combinação de fatores, incluindo influências de sistemas climáticos como o El Niño, baixo índice de chuvas na área e mudanças no ciclo hidrológico relacionadas às emissões de gases de efeito estufa.

Dados recentes indicam que o Rio Acre tem permanecido abaixo dos quatro metros desde o início deste mês, gerando preocupações sobre uma possível seca severa em 2024. Especialistas alertam que esta situação pode ser agravada pela tendência de chuvas abaixo da média e pela influência de fenômenos climáticos como o El Niño, que historicamente resultam em secas no Norte e Nordeste do Brasil. O aumento das emissões de gases de efeito estufa também é apontado como um contribuinte significativo para os extremos climáticos observados na região.

As autoridades municipais e estaduais estão elaborando planos de contingência para enfrentar os possíveis impactos de uma seca prolongada, incluindo medidas para mitigar a escassez de água e os riscos associados, como incêndios florestais. No entanto, detalhes específicos sobre esses planos ainda não foram divulgados.

O baixo índice de chuvas na região tem sido uma preocupação crescente, pois afeta diretamente a capacidade de recarga dos rios e lençóis freáticos. Isso pode levar a um aumento na frequência de secas e cheias, exacerbando os problemas enfrentados pela população local e pela infraestrutura da cidade. O aumento da irregularidade nas chuvas é atribuído ao aquecimento global, que altera os padrões climáticos e agrava os extremos climáticos.

A possibilidade de uma “morte” do Rio Acre, caracterizada pela transição de um regime perene para intermitente, é um cenário preocupante que requer avaliação cuidadosa e medidas preventivas. O desmatamento na região também é destacado como um fator agravante, pois compromete a qualidade do solo e interfere no ciclo hidrológico.

No geral, a combinação de fatores climáticos e ambientais está aumentando a vulnerabilidade da região às secas e destacando a necessidade de ações de adaptação e mitigação por parte das autoridades e da comunidade local.