Lula indica novo embaixador do Brasil na Ucrânia

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) indicou o novo embaixador do Brasil na Ucrânia.

Foto: Carta Capital

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) indicou o novo embaixador do Brasil na Ucrânia. Em comunicado divulgado na 4ª feira (29.mai.2024), o Itamaraty informou que o diplomata Rafael de Mello Vidal recebeu o "agrément" do país, espécie de aval diplomático para que possa atuar.

Vidal exerce atualmente o cargo de embaixador do Brasil em Angola. Antes, foi embaixador do país no Mali de 2019 a 2020. Ele deve agora passar por uma sabatina no Senado Federal.

Caso aprovado, o novo indicado de Lula substituirá Norton de Andrade Mello Rapesta, que ocupa o cargo desde 2020. Ele exerceu o ofício diplomático durante a Guerra na Ucrânia, depois que o país foi atacado pela Rússia em fevereiro de 2022.

Na mesma data, o Ministério das Relações Exteriores divulgou a concessão do aval diplomático para outros 3 embaixadores. São eles:

  • Luciano Mazza de Andrade, para atuar como embaixador em Cingapura;
  • Colbert Soares Pinto Junior, para atuar como embaixador em Santa Lúcia; e
  • Rosimar da Silva Suzano, para atuar como embaixadora na Estônia.

Em março de 2022, poucos dias depois do início da guerra, Rapesta e sua equipe deixaram Kiev por conta da escalada do conflito. Foi apenas em julho que o Ministério das Relações Internacionais brasileiro determinou que ele retornasse a exercer suas funções na capital da Ucrânia.

Pouco depois de assumir a Presidência, em 2023, Lula deu a entender que a responsabilidade da guerra seria dos 2 países, o que negou em seguida, reafirmando uma posição de que seria necessário encontrar um caminho de diálogo para encerrar o conflito.

Meses depois, em agosto, Lula afirmou que nem Zelensky nem Putin teriam interesse de negociar um acordo de paz. A fala foi criticada pelo presidente ucraniano, que disse ter pensado que o petista tinha uma "compreensão maior" sobre o mundo, mas que ele apenas repetia falas do líder russo.

Já no mês seguinte, em um encontro em Nova York para a Assembleia Geral da ONU, Lula e Zelensky conversaram sobre a guerra, momento em que Lua afirmou ao ucraniano, em um gesto de conciliação, que o Brasil estará onde tiver esforço de paz. Ao descrever o encontro, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, disse que o encontro resultou em um “entendimento mútuo”.