Operação Vapor Digital: PF Desmantela Rede de Contrabando de Cigarros Eletrônicos em Manaus

Em uma ação conjunta na manhã desta terça-feira (28), a Polícia Federal (PF), a Receita Federal (RFB) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deflagraram a Operação Vapor Digital.

Foto: Portal Remador

Foto: Portal Remador

Em uma ação conjunta na manhã desta terça-feira (28), a Polícia Federal (PF), a Receita Federal (RFB) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deflagraram a Operação Vapor Digital. A operação cumpriu 27 mandados de busca e apreensão em tabacarias e outros estabelecimentos suspeitos de venderem ilegalmente cigarros eletrônicos, também conhecidos como vapes.

O objetivo principal da operação é combater diversos crimes relacionados à venda ilegal dos cigarros eletrônicos, como contrabando, falsidade documental, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e organização criminosa. Além dos mandados de busca e apreensão, a Justiça do Amazonas também concedeu a suspensão das atividades econômicas dos estabelecimentos identificados na investigação e a suspensão dos seus perfis em redes sociais.

A investigação teve início em fevereiro deste ano, após a Receita Federal realizar três apreensões de cigarros eletrônicos nos Correios e em empresas de transporte aéreo no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes. Ao todo, mais de 7.500 unidades foram apreendidas, com destino a pessoas físicas, jurídicas e distribuidoras em Manaus.

Ao longo da investigação, foram identificados 11 suspeitos e 16 estabelecimentos comerciais, em sua maioria tabacarias, que atuavam como pontos de venda do produto ilícito na cidade e nas redes sociais. As autoridades também descobriram a prática de falsidade documental, principalmente em notas fiscais, para tentar ludibriar a investigação. Em um dos casos, uma distribuidora tentou entrar com os cigarros eletrônicos na cidade utilizando notas fiscais de capas de celulares.

A investigação também revelou que alguns dos proprietários dos estabelecimentos investigados movimentaram grandes quantias em dinheiro em um curto período de tempo, o que configura lavagem de dinheiro. Além da venda ilegal dos cigarros eletrônicos, os suspeitos também são investigados por comercializar outros produtos ilícitos, como cigarros importados e fumo para narguilé sem autorização da Anvisa.

A venda de cigarros eletrônicos já era proibida no Brasil, e recentemente a Anvisa reforçou essa medida através da RDC nº 855/2024, que mantém a proibição da importação, divulgação e venda desses dispositivos.